Nesta sexta-feira a Gazeta do Povo, em matéria assinada pelo jornalista Napoleão de Almeida, afirmou que Ney Franco não deixaria o comando do Coritiba caso fosse procurado pelo Cruzeiro (ou por qualquer outra equipe).

O time de Minas Gerais, que nessa semana aceitou o pedido de demissão do paranaense Adilson Batista, sequer tinha procurado o comandante Alviverde. Mesmo assim, mantendo a séria postura adotada desde o início da sua carreira, Franco disse não.
Um dia depois de ter dito isso ao repórter, me ligam para afirmar que desta vez Ney Franco recebeu uma ligação vinda da capital mineira. Como era de se esperar, a diretoria do Cruzeiro apresentou ao treinador uma proposta de trabalho ao treinador. Com gentileza, Franco evitou que os mineiros gastassem seu “português” e antecipou um contundente “não” como resposta.
Não foi só o compromisso de ajudar o time a voltar para a Série A que manteve Ney Franco no Coritiba, mas sim o seu caráter. Apesar de jovem, ele se mostra para o mercado como o cara competente e responsável, mas acima de tudo como um camarada que mantém suas convicções e a moralidade do futebol
Ganha o Coritiba, que fica com um dos melhores treinadores da atualidade. E ganha o futebol, que vê em atitudes com essa uma esperança de não ver o mar de lama, negociatas e atitudes contestáveis tomarem conta do esporte mais popular do Brasil.