Na sua primeira entrevista como treinador da seleção brasileira, Mano Menezes parecia convicto que não terá muito apoio da CBF durante a sua estada (que espera-se seja até a Copa de 2014) no cargo.

Meio brincando, meio falando sério, Mano avisou antes de soltar a lista da sua convocação “que o presidente só estaria ali somente daquela vez”.

O técnico parece escaldado, e sabe que no cargo em que estreiará no amistoso contra os Estados Unidos, no dia 11 de agosto, ele está totalmente exposto e pouco protegido das críticas e dos problemas.

Não adianta Ricardo Teixeira dizer que na direção da CBF o apoio sempre é intenso para o selecionador do time nacional. O poderoso assessor de imprensa Rodrigo Paiva, é o único que tenta servir de pára-choques no estafe da seleção.

Enquanto não houver um moderno (não me venham com Parreira) diretor de seleções na CBF, continuará sendo assim. Resta saber se o sempre solícito Mano Menezes vai seguir atencioso como sempre foi, ou se vai vestir a mesma arrogante máscara de Dunga.

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A convocação
Julgamentos com essa primeira lista do técnico ainda são prematuros. Muitos dos que jogam no exterior mal voltaram das férias e ainda tem lugar na equipe. Kaká (será que foi ele que pediu para não ser chamado?) segue em má forma e convibendo com o problema no púbis. De qualquer maneira, muito interessantes os nomes da trinca de revelações do Santos (André, Neymar e Ganso) e outras supresas como David Luiz, Éderson e Jucilei.

Sergio Moraes / ReutersSergio Moraes / Reuters
Se insistir, dá! Mano Menezes: de capitão de time de várzea no interior gaúcho a técnico da seleção