Morre em Itajaí o ex-técnico e observador Borba Filho

Morreu nesta segunda-feira (05) o ex-treinador e observador técnico Borba Filho. Ele tinha 82 anos. Ele faleceu em Itajaí (SC), onde residia.
Ronaldo Augusto Borba, o Borba Filho, passou mal pela manhã, com fortes dores abdominais, e faleceu no início da tarde. Ele tinha câncer de próstata. Segundo os familiares, Borba recebeu duas doses da vacina contra a Covid-19. O corpo será cremado em Joinville (SC).
Olheiro principalmente na América do Sul, Borba Filho ficou marcado pelas passagens por Athletico, Coritiba e Paraná entre os anos 70 e 90. Foi no Coxa que ele começou a carreira de treinador, em 1969.
Natural de Curitiba, Borba Filho tinha longa experiência no futebol e também passou por outros clubes como Maringá, Londrina, Cascavel (campeão paranaense em 1980), Pinheiros (campeão paranaense em 1984), Fortaleza e Náutico, entre outros. Ele também atuou na imprensa, como comentarista da Rádio CBN e colunista do Estado do Paraná.
O Furacão publicou uma nota de pesar. "O Athletico Paranaense presta condolências aos amigos e familiares de Borba Filho, em um momento de luto para todos os athleticanos e para o futebol paranaense".
https://twitter.com/AthleticoPR/status/1379157252406444036https://twitter.com/Coritiba/status/1379230035299729411
História como jogador e passagem pelo Furacão
Borba Filho começou a jogar futebol na base do Athletico, primeiro como zagueiro, e depois como volante. Mais tarde, ele também treinou no Coritiba. Seu pai, Altino Borba, foi bicampeão pelo Furacão entre os anos 1929 e 1935, atuando na zaga.
No Furacão, Borba atuou como uma espécie de conselheiro de Mario Celso Petraglia quando o assunto era reforços, atuando em várias frentes. Inicialmente, sua função seria observar os adversários do Furacão na Libertadores de 2005. Em seguida, no entanto, acabou responsável por indicar nomes que se firmaram na equipe e viajava pelo Brasil e exterior para observar possíveis contratações.
Dois deles tiveram sucesso no clube, os colombianos Valencia e David Ferreira. Ele também indicou outros jogadores como Viáfara, Vladimir Marín, Samuel Vanegas e outros. E ele foi além: chegou a ser o técnico interino da equipe nos jogos contra os paraguaios do Cerro Porteño.
“Primeiro indiquei o Ferreira, que foi excepcional. O Valencia também: um volante que jogava com a cabeça em pé, alto, de muita mobilidade, que no Atlético tomou conta da posição e chegou até à seleção da Colômbia. Fui contratado pelo Athletico em fevereiro, para fazer este trabalho de viagens e observação. Em maio, já estava comandando o time interinamente na Libertadores”, contou em entrevista em 2016.





