Hedeson Alves / Agência Gazeta do Povo
Hedeson Alves / Agência Gazeta do Povo

Ninguém havia perguntado ao Paraná qual era a opinião do clube em relação ao racha no Clube dos 13. Eis que passei a mão no telefone aqui da Gazeta do Povo para falar com o presidente do Paraná Aquilino Romani. Assumo, o assunto nem era essa crise política no futebol brasileiro, nem a aquela crise paranista. Queria saber sobre reforços; quem está pra chegar; se esse ou aquele jogador foi sondado. Do outro lado da linha, o mandatário paranista foi logo trocando de assunto. –Hoje vou falar sobre Clube dos 13! Respondi: -Tá bom!.

Aquilino começou logo avisando: “Não vamos cometer o mesmo erro do passado”. O desabafo do dirigente tem a ver com o não paranista para ingressar no Clube dos 13. Isso faz algum tempo, aconteceu em meados dos anos 90. O Paraná era o grande( em termos de resultados e finaceiramente) do nosso estado. Com faca e o queijo na mão recusou o convite para entrar no C13. Optou por apoior o grupo dos menores. Na época liderado por Mario Celso Petraglia, então presidente do Atlético. Antes que me xiguem neste espaço: não estou dizendo que Atlético e Paraná são times pequenos, mas lideravam a ala menos favoricida, “Os Sem C13”.

Na sequencia, o Atlético foi convidado a ingressar no seleto grupo e aceitou de primeira. O Paraná ficou sem lugar no C13, com pouca verba de televisão, num patamar financeiro abaixo dos rivais.

Por isso tudo, acredito que Aquilino vendo aquelas contas pra pagar sobre a mesa da sede na Kennedy e preocupado com a situação atual do clube, quis mostrar que o Tricolor quer seu espaço. Foi inteligente por saber esperar. Hoje, o Paraná tem de escolher o mais rentável. Para isso, vale a pena esperar de camarote o circo terminar de pegar fogo para não ficar com o mico na mão.