
A entrevista do volante Marcos Paulo ao repórter André Pugliesi não deixa de ser reveladora. Em meio à desenvoltura do jogador para explicar o momento difícil que atravessa, ele deu pelo menos mais um argumento contra os agora detratores do trabalho de Marcelo Oliveira.
“Soube na segunda-feira que iria jogar”, disse a surpresa da decisão contra o Vasco. Logo, o treinador chegou a realizar pelo menos um treino com a inédita postura tática. Teria, sim, que prever o grande risco de desajustar o time.
Marcos Paulo também revelou que a sua substituição teve um impacto emocional no grupo. “No momento que saí, o Jéci me abraçou (…) O Tcheco disse que tenho um potencial enorme. Saindo no intervalo, o Rafinha me deu um abraço e falou que o time ia ganhar por mim”.
Por fim, aí um pouco mais especulativo, o jovem atleta de 21 anos deixou nas entrelinhas que precisa de um novo clube para se arejar. “Há jogadores excelentes para a posição no clube. Quero jogar (….) Mas se for para jogar, não quero que seja por pena.”
Tenho convicção que a história desta Copa do Brasil será contada a partir de Marcos Paulo. Ele será a lembrança mais forte dos 30 mil alviverdes no Couto Pereira ao lamentar o resultado dentro de alguns anos. Será a síntese desse jogo pela lógica dos perdedores, muito mais do que a falha de Édson Bastos. E o meio-campista não teve culpa – é bom destacar. Foi a vítima maior.