
A Arena Barueri tem, atrás de um de seus gols, a imagem de uma maquete de como ficará o estádio quando concluído. Lembra aquela maquete que estampava um enorme outdoor na frente do Pinheirão, em meados dos anos 90. Mas hoje me lembrou o Coritiba. Não só porque a equipe paranaense jogou na Arena Barueri, mas também porque muitas vezes o Coxa parece a maquete de um time.
O esboço de um time de verdade está ali. Há jogadores talentosos, alguma organização tática, um craque, resultados expressivos (como a goleada sobre o Flamengo e a vitória contra o São Paulo). Mas não é real. Ainda não é um time de fato. O conjunto de atuações não permite dizer que o Coritiba tem um time.
Já estamos na metade de julho e o Coritiba ainda não consegue ser um time confiável. Alterna partidas brilhantes com momentos de apatia irritante. Felipe é o símbolo atual dessa faceta, como mostram o pênalti tolo (sim, eu achei que ele puxou a camisa de André Luís) e a indolência no lance do segundo gol. Mas o símbolo já foi Carlinhos Paraíba. Já foi Marlos. Já foi Marcos Aurélio. Já foi Pedro Ken.
O único alento é que o próximo jogo é com o Grêmio e a maquete alviverde costuma ganhar mais cara de time quando enfrenta um adversário grande. Pena que esse espírito de Robin Hood só seja capaz de manter o Coritiba estacionado no meio da tabela. Essa será a sina coxa-branca em 2009.