Futebol e política

Lula sobre Neymar: “Tem medo de eu descobrir a dívida que Bolsonaro perdoou dele”

Neymar em treino da seleção.

O candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deu uma alfinetada no jogador de futebol, Neymar, durante entrevista ao Podcast Flow, na noite desta terça-feira (18).

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Recentemente, Neymar declarou apoio ao atual presidente, Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.

“O Neymar tem o direito de escolher quem ele quiser para ser presidente. Eu acho que ele está com medo de, se eu ganhar as eleições, descobrir o que o Bolsonaro perdoou da dívida do imposto de rende dele”, começou Lula.

“Eu acho que é isso. Acho que é por isso que ele está co medo de mim. Obviamente que o Bolsonaro fez um acordo com o pai dele. Mas, enfim, isso não é um problema do presidente, é da Receita Federal, não meu”, emendou.

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Lula se refere a um episódio de 2019. Neymar recorreu a Bolsonaro, com a ajuda de seu pai, para reclamar de uma dívida milionária com a Receita Federal. O caso ainda não foi resolvido e a dívida, de cerca de R$ 8 milhões, segue sendo questionada na Justiça.

O encontro entre o pai do jogador, Neymar da Silva Santos, com Bolsonaro aconteceu em abril de 2019, com o objetivo de “prestar esclarecimentos” sobre o processo contra o atleta, que tramitava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Além de Bolsonaro, o pai de Neymar se encontrou com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo o próprio ministério, Neymar pai pretendia prestar esclarecimentos sobre o processo fiscal pendente de julgamento.

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O encontro aconteceu dias depois de Neymar Jr pedir a anulação do processo que cobrava multa sob a suspeita de omissão de rendimentos do jogador do PSG. O processo se iniciou em 2015 e apurava o período entre 2011 e 2013.

Inicialmente, a Receita Federal cobrava R$ 188 milhões de Neymar Jr que, questionou o valor no Carf sendo que, no ano de 2017, o órgão julgou o caso e a dívida pública foi perdoada em 95% do total. A multa passou a ser então de R$ 8 milhões.

Neymar ainda recorre do valor no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região.

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