Pedro Serapio/ Gazeta do PovoPedro Serapio/ Gazeta do Povo
Paulo Baier e Márcio Azevedo comemoram gol do Atlético contra o Corinthians.

Domingo, com Netinho e Paulo Baier na armação e apenas um volante a protegê-los, o Atlético enfiou 4 a 0 no Paranavaí e classificou-se em segundo para o octogonal.

Ontem, retomando a linha de três zagueiros, sucedida por dois volantes e um armador, mais dois atacantes em tese de área, o Atlético venceu o Corinthians-PR por 4 a 1.

É possível que sábado, contra o Cascavel, o time entre de outra maneira. Dois meias de novo, um atacante de velocidade, quatro defensores, enfim, alguma outra variação.

A série de mudanças não se trata de indecisão, mas sim de deixar explícito um estilo de trabalho. Leandro Niehues pensa com a cabeça de técnico europeu. Mantém um grupo de 15, 16 titulares e com ele varia algumas formações, aplicadas de acordo com a necessidade do jogo.

Ainda é algo raro aqui no Brasil, muito combatido pelos puristas, que preferem um time de 1 a 11 para declamar de cabeça como se fosse uma poesia. Apostam que bom time é aquele que impõe seu estilo, seja qual for o adversário. Talvez se esqueçam que quando isso não funciona, o técnico é obrigado a mudar a forma de jogar dentro da partida. Então, se a chance de ter mudar durante a partida é grande, por que não já não sair com um esquema diferente e ganhar tempo?

O grande problema desse “rodízio” é que ele precisa de tempo para funcionar. Adílson Batista teve e, após dois anos de trabalho, o Cruzeiro está entre os times de ponta do país – embora boa parte da torcida abomine o treinador justamente por causa do seu estilo.

Leandro sabe que não terá – ao menos agora – tanto tempo assim para trabalhar. Seu prazo de validade vence no fim do Estadual. Com a certeza de que não sairá do cargo nem antes nem depois, decidiu impor seu estilo de trabalho. Por enquanto, vem conseguindo bons resultados.