Justiça

Justiça do Rio decreta prisão preventiva de chefes de torcidas organizadas

Torcedores com paus e ferros

O Tribunal de Justiça do Rio decretou a prisão temporária por 30 dias de quatro presidentes de torcidas organizadas de clubes do Rio de Janeiro. Todos vão responder pelos crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio.

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São eles Anderson Azevedo Dias, presidente da Young Flu; Fabiano de Souza Marques, da Força Jovem do Vasco; Bruno da Silva Paulino, da Torcida Jovem do Flamengo e Anderson Clemente da Silva, presidente da Raça Rubro-Negra.

“Estão presentes todos requisitos necessários a embasar a custódia cautelar dos indiciados, conforme se extrai dos elementos até o momento coligidos. A gravidade dos crimes praticados, os bens jurídicos violados e o desvalor das condutas supostamente perpetradas pelos Indiciados conduzem à adoção de enérgicas providências por parte do Poder Judiciário, devendo ser ressaltado que a liberdade dos representados pode obstaculizar a colheita de provas e, ainda, colocar em risco a vida ou a integridade física das testemunhas”, escreveu a juíza Ana Beatriz Estrella na decisão do Plantão Judiciário desta segunda-feira (13).

O inquérito foi instaurado para apurar e identificar os possíveis autores das brigas entre organizadas antes de Flamengo x Vasco, pela Taça Guanabara. A informação inicial foi da coluna de Ancelmo Gois.

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O TJRJ ressalta que as confusões resultaram em destruição de bens públicos e particulares, lesões corporais graves e morte.

Nos últimos dias, torcedores receberam intimações para prestarem declarações em procedimento investigatório destinado a apurar supostas condutas tipificados como crimes de dano, tentativa de homicídio, lesão corporal e organização criminosa.

Diversas pessoas chamadas a prestar depoimento alegam não terem estado nem perto do Maracanã para o Flamengo x Vasco da Taça Guanabara.

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VIOLÊNCIA EM CLÁSSICO

Integrantes de torcidas organizadas de Flamengo e Vasco entraram em confronto antes do clássico pela Taça Guanabara. A Policia Militar suspendeu a Raça e a Jovem, do Flamengo, e a Força Jovem, do Vasco, por 90 dias. Posteriormente, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ampliou a punição por tempo indeterminado.

Dias depois, a PM colocou em vigor as medidas de afastamento que o Ministério Público do Rio de Janeiro havia determinado anteriormente às discussões do novo termo de ajustamento de conduta (TAC), que acontece depois da aprovação do Projeto de Lei que previa a anistia das organizadas.

Young Flu, do Fluminense, e Fúria Jovem, do Botafogo, também estão proibidas de frequentar praças esportivas. O Ministério Público do Rio indicou avaliar um pedido à Justiça para clássicos com torcida única. A ideia, porém, não ganhou aderência junto a outros órgãos envolvidos nas partidas.

O Governo do Rio de Janeiro apontar que envolvidos em briga de torcida serão enquadrados como “organização criminosa”.

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