O presidente do Deliberativo, Luís Carlos de Souza, o afastado professor Miranda e Aurival Correia.

Aurival Correia é o único candidato a presidente do Paraná, na eleição de quarta-feira. Ruim por ver que a oposição no Tricolor faz apenas barulho, mas não tem articulação suficiente nem mesmo para postular o comando do clube. Mas pior ainda pelo claro conflito de interesses que se vislumbra na Vila.

Aurival faz parte do GI, a exemplo de Durval Lara Ribeiro. Se antes já havia suspeitas de (tentativa de) ingerência dos investidores no trabalho dos treinadores, o que dizer agora. Se Aurival puxar o técnico no canto para um conversa normal sobre o time, como será possível saber quem está falando: o presidente ou o investidor? Qual a diferença na essência entre um presidente receber dinheiro de empresários para campanha ou gorjeta, como o Miranda, e receber na venda de jogadores, como integrante de um grupo de investimento?

A saída de Miranda apenas abriu a caixa preta das irregularidades na administração do Paraná. Mas não foi feita uma investigação a fundo para saber se essas movimentações paravam no presidente ou envolviam outras pessoas da diretoria.

No fim, o time ajudou a diretoria. Se já estivesse rebaixado – ou quase -, as investigações viriam a tona com força total. Como a esperança de salvação é crescente, deixa-se os problemas de lado para não cortar o embalo da equipe.