Violência

Fortaleza vê terrorismo e pedirá à CBF para não jogar após ataque a ônibus

Gonzalo Escobar.

O presidente do Fortaleza, Alex Santiago, trata o ataque ao ônibus do clube como terrorismo e tentativa de homicídio. O dirigente disse ainda que formalizará o pedido à CBF para que o time só volte a jogar depois que os atletas feridos se recuperarem.

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“Estamos juntando todas as documentações necessárias, como os relatórios dos atendimentos médicos de Recife, os atestados médicos, além do Boletim de Ocorrência que já foi registrado. Vamos encaminhar à CBF e à Federação Cearense para que possamos formular os pedidos. Tudo será juntado e enviado às entidades responsáveis”, disse Alex Santiago, ao UOL.

Alex Santiago acredita que o ato pode ser enquadrado tanto como tentativa de homicídio quanto como terrorismo. Ele também é advogado criminalista.

O Fortaleza fez Boletim de Ocorrência, e a Polícia Civil de Pernambuco já instaurou inquérito policial.

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Os jogadores serão ouvidos pela polícia nesta sexta-feira (23) de maneira virtual, ainda segundo o presidente do clube.

Sem dúvida nenhuma, houve tentativa de homicídio por cometimento de dolo eventual, que se caracteriza quando alguém utiliza algum tipo de artefato, conscientemente corra o risco de produzir o resultado morte. “Utilizar uma pedra e uma bomba caseira contra um grupo de pessoas em um ônibus assume o risco de matar. Ao meu ver, esse ato pode ser enquadrado como terrorismo, de acordo com o artigo segundo da lei 13260, de 2016. São combinações bem severas, e o Fortaleza está bem vigilante acompanhando passo a passo”, afirma Alex Santiago.

O ataque ao ônibus

Seis jogadores do Fortaleza ficaram feridos após o ônibus da delegação ser atacado por torcedores do Sport. O episódio aconteceu após o empate por 1 a 1, na última quarta-feira, pela Copa do Nordeste.

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Os torcedores atiraram bombas e pedras na saída da Arena Pernambuco. Os times se enfrentaram pela quarta rodada da fase de grupos da competição.

Seis jogadores foram atingidos e a delegação foi levada ao hospital mais próximo. O goleiro João Ricardo, o lateral-esquerdo Gonzalo Escobar, o lateral-direito Dudu, os zagueiros Titi e Brítez e o volante Lucas Sasha se machucaram.

“Estamos todos muito abalados, situação traumática, com consequências físicas e psicológicas, uma barbárie no futebol brasileiro”, afirmou Alex Santiago.

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