Ex-jogador do Atlético, o meia Nathan, do holandês Vitesse, marcou um gol na vitória da sua equipe por 3 a 1 sobre o PEC Zwolle, em partida válida pelo Campeonato Holandês, neste fim de semana, e tirou a camisa na comemoração para homenagear as vítimas da tragédia da Chapecoense.
O gesto por si não renderia tanto, mas a atitude do árbitro foi digna de aplausos. Nathan, 20 anos, que é catarinense de  Blumenau, pelas regras do futebol, deveria receber o cartão amarelo, mas o árbitro Jochem Kamphuis ficou comovido.
“Eu teria que dar o amarelo nessa circunstância, eu vi que ele tirou a camisa. Estava ciente de tudo que tinha acontecido, que ele perdeu amigos nesse desastre terrível, então fingi que nem vi. Decidi me virar e ir para o outro lado do campo“, explicou o juiz ao jornal “Telegraaf”.
Cavani, do PSG, da França, por exemplo, foi advertido, assim como outros jogadores na Europa que fizeram a mesma ação de solidariedade.
“Foi um acontecimento tão terrível e é tão especial para o jogador que marca um gol poder homenagear seus amigos. Acho que essa foi a melhor decisão que eu pude tomar”, completou Kamphuis.
A Federação Holandesa de Futebol elogiou a atitude do árbitro. “Às vezes você tem que fazer coisas que vão contra as regras e Jochem sentiu que tinha que fazer isso”, disse o diretor de operações da entidade Gijs de Jong ao NU Sport. “Os árbitros são pessoas de carne e osso e que devemos valorizar. Claro que existem regras, mas para nós isso foi uma exceção válida”, completou o dirigente.