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Caboclo, Del Nero e Ricardo Teixeira: entenda a crise que ameaça o presidente da CBF

Por
UmDois Esportes
13/05/2021 17:11 - Atualizado: 29/09/2023 18:46
Rogério Caboclo garantiu que não vai paralisar o futebol brasileiro.
Rogério Caboclo garantiu que não vai paralisar o futebol brasileiro. | Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, enfrenta uma crise política nos bastidores da entidade. Eleito em 2018, com mandato até 2023 está ameaçado no comando da entidade. O desgaste foi exposto pelo jornalista Pedro Ivo Almeida, da ESPN.

Os motivos para a crise política de Caboclo são um desgaste com uma funcionária influente na CBF, considerada braço direito do ex-presidente Marco Polo Del Nero (2015-2018), a insatisfação de dirigentes dos grandes clubes do país pela conduta do atual mandatário, e a falta de governabilidade com as federações.

A principal crise é com a funcionária, que pediu licença médica e se afastou do cargo. Segundo o ge.com, ela tem documentos que comprovam desvio de conduta de Caboclo. O problema de Caboclo com a funcionária afeta diretamente sua relação com Del Nero, seu padrinho político.

Caboclo se elegeu com apoio de Del Nero, que foi afastado após ser banido pela Fifa na maior operação da história sobre investigação de corrupção no futebol. Neste pacote, Ricardo Teixeira (1989-2012) e José Maria Marin (2012-2014), os seus antecessores na CBF, também foram banidos. Marin foi preso porque estava nos EUA. Teixeira e Del Nero nunca foram presos porque o Brasil não extradita cidadãos.

Segundo a ESPN, Caboclo abriu conversa com Ricardo Teixeira em busca de apoio para conter a crise com Del Nero. Tanto Teixeira quanto Del Nero, mesmo banidos das atividades do futebol, seguem com forte influência política nos bastidores, com aliados em federações espalhadas pelo Brasil.

Com a crise instalada, Caboclo perde apoio internamente na CBF. Existe uma corrente de dirigentes de clubes insatisfeita com as atitudes do cartola. Uma delas foi exposta em um vídeo vazado em uma reunião para tratar do calendário durante a pandemia, em março deste ano. Na ocasião, Caboclo usou palavrões para garantir que os jogos iriam continuar. "Eu vou mandar no futebol brasileiro e vou determinar que vai ter competição. Porque vocês estão f… se não tiver", disse Caboclo.

A falta de governabilidade também gera insatisfação de vice-presidentes, que estão de olho na presidência. Entre as demandas, as federações, cujos cartolas ligados compõe a mesa diretora da CBF, querem maior peso do que clubes em assembleias.

Caso Caboclo seja afastado, o mais velho dos oito vice-presidentes assume o cargo e convoca novas eleições em 30 dias. Segundo o regimento da CBF, apenas estes oito vices podem concorrer ao caso. O vice mais velho é o Coronel Nunes, que já dirigiu a CBF antes de Caboclo.

Poderia disputar a eleição, além do próprio Nunes, Antônio Aquino (Acre), Ednaldo Rodrigues (Bahia), Castellar Guimarães (Minas Gerais), Fernando Sarney (Maranhão), Francisco Noveletto (Rio Grande do Sul), Marcus Vicente (Espírito Santo) e Gustavo Feijó (Alagoas).

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