Tinha muito conselheiro e sócio do Coritiba esfregando as mãos pela confirmação do acesso à Série A. Em primeiro lugar, para ver o time deixar a Segundona, óbvio. Mas também para discutir abertamente e sem culpa a eleição no clube, marcada para meados de dezembro.
Antes dos debates diretos entre candidatos, teremos duas semanas de muita especulação. Vence no próximo dia 26 o prazo para inscrição de chapas. Até lá, nomes vão surgir e desaparecer, ganhar e perder importância na corrida presidencial no Alto da Glória.
Abaixo alguns nomes que você ouviu e ainda vai ouvir nos próximos dias como possíveis candidatos a dirigir o Coxa nos próximos dois anos.
João Carlos Vialle – Foi anunciado como candidato da situação logo após o acesso, mas perdeu força ao longo da semana. As declarações de que René não deve ficar e que ele defende a remuneração do presidente repercutiram mal dentro do clube. A seu favor, o fato de contar com a simpatia de alas da oposição. Se não for candidato, dirá que foi pedido da família ou que preferia um consenso de todas as alas do clube em torno do seu nome.
José Arruda – Engenheiro e membro do atual Conselho Administrativo, tem ótimo trânsito entre as alas do clube, apesar de não ser muito conhecido da torcida. Já disse que não quer ser candidato.
Espeto e André Ribeiro – Coloco os dois no mesmo bolo por serem presidenciáveis com perfil semelhante. Ambos são dirigentes próximos a Gionédis, o que pode significar uma grande rejeição entre os conselheiros. Espeto seria o primeiro presidente do clube que já presidiu uma organizada, a Mancha Verde.
Giovani Gionédis – Sim, GG ainda pode aparecer como presidenciável, embora diga que não. Há gente dentro do clube que defende sua reeleição e recolocar o time na Série A de certa forma zera o saldo negativo do dirigente. O problema é que a torcida sente náuseas de ouvir a possibilidade de ele seguir no comando do clube.
Celso Moreira – É o único candidato 100% confirmado. Lidera um grupo historicamente ligado a Evangelino Neves, sua grande bandeira. Não é muito conhecido da torcida. Entre os conselheiros, é visto como decisivo para a eleição: em 2005, por exemplo, retirou sua candidatura e juntou-se ao grupo de Gionédis, que venceu.
Domingos Moro – De todos os nomes, é o mais querido dos torcedores, graças ao seu trabalho à frente do futebol entre 2002 e 2004. Tem bom trânsito em todos os grupos, mas nenhum ainda se declarou disposto a encampá-lo como candidato. Se concorrer à presidência, a sua saída do clube em 2004, a contragosto, pode vir à tona.
Tico Fontoura – Candidato derrrotado por GG (em eleição polêmica) em 2005, em nenhum momento assumiu o papel de líder efetivo da oposição nos últimos dois anos. Seu nome é sempre citado, mas ele não parece disposto a encarar novo pleito.
Jair Cirino – Deve ser indicado pelo grupo de Tico como candidato à presidência, mas, pouco conhecido, carrega o maior problema dessa ala da oposição: não supre a falta de um nome forte junto à torcida.