Ufa! Dia longo aqui na redação, por isso só agora volto a manter contato. Um apanhado geral de algumas coisas que rolaram hoje.

Keirrison
Viram a última do K9? Toninho Cecílio, dirigente do Palmeiras, disse que o Keirrison só pode ser vendido para a Europa com o consentimento do clube paulista. Ele diz isso com base no contrato entre a Traffic e os palestrinos, que exige o aval do clube para qualquer transferência.

Keirrison tem um pré-contrato com o Desportivo Brasil, time-laranja da Traffic. É o contrato que a Justiça quer ver, como também quer ver se a Mais Sports Brazil realmente vendeu os 80% dos direitos do jogador que lhe pertenciam. Esses 80% que até outro dia eram só 40%. Os outros 40% eram do Astral, que os havia adquirido do Cene-MS, em outro negócio que deu rolo. Enquanto isso, o K9 segue no Coritiba, vai até jogar no domingo.

Perceberam quantos nomes eu citei? Coritiba, Palmeiras, Desportivo Brasil, Traffic, Mais Sports, Astral, Cene-MS. Sete instituições diferentes, pelas mãos de quem passou ou passa o destino de Keirrison.

Desculpem se parecer papo de velho, mas é muita modernidade para a minha cabeça. Conheci o futebol no tempo em que negociação era de clube para clube. Pelo menos eram só dois palpites na hora de dizer quem tinha embolsado um por fora na negociação.

Grito de independência
Dorival Júnior resolveu tirar suas convicções futebolísticas do armário na saidêra à frente do Coritiba. O Coxa vai ao Recife com aquela montoeira de lateral-esquerdo espalhado pelo time (Ricardinho, Guaru, Rubens Cardoso) e só o Keirrison na frente. DJ cansou (mesmo) de levar pancada por causa desse esquema, que deu certo algumas vezes.

Abaixo, um click bucólico de Priscila Forone Taques do treino de hoje do Coxa.

Priscila Forone/ Gazeta do Povo
Priscila Forone/ Gazeta do Povo

Cacique demais na Vila
E o Paraná apresentou Marcio Villela, novo vice de futebol. Um vice com pouca tinta na caneta, pois já disse que vai pinçar um diretor de futebol da cúpula do clube. Então o Paraná terá um vice de futebol, um diretor de futebol e um gerente de futebol? Muito cacique na Vila.

E no fim quem vai mandar é o Comelli. Tá no contrato dele até a autonomia para contratar e dispensar jogador. Com o que, escrevi aqui antes, não concordo já de saída. A não ser que ele me prove que está mais para Ferguson e Wenger do que para… bem, vocês sabem quem.

A cobra fumou de óculos escuro
Empresto o termo inventado pelo colega Angelo Binder para definir o dia da eleição do Atlético.

A chapa do Faria foi impugnada por uma questão interpretativa. A legislação rubro-negra exige que cada chapa tenha no mínimo 10 integrantes com cinco anos vida associativa ininterrupta. Não especifica se devem ser os últimos cinco. No entendimento da Junta eleitoral, sim. Mas a sexta-feira pode ter mudanças.

Agora, a chapa esquentou para valer na Banda B, onde o Faria dava entrevista. Depois de sair daqui o Malucelli foi na Tribuna, onde foi questionado sobre o fato de seu filho, Eduardo, ser agente Fifa, bola levantada pela oposição. Malucelli ficou louco e seguiu para a Banda B exigir direito de resposta.

Ouvi boa parte do Panorama Esportivo e fiquei com a seguinte impressão: Faria disse que se negou a usar isso na campanha, mas não convenceu. Afinal, o fato esteve estampado no site da candidatura dele, sobre a qual ele precisa ter o mínimo controle.

Sábado tem dois debates entre os candidatos. Das 15 às 17 horas na Rádio Globo e das 17 às 19 horas na Banda B. Vai pegar fogo.

Ingresso a 100 mangos
Giuliano Gomes, outro senhor repórter aqui da firma, acaba de passar do lado do meu computador e mostrar uma foto que, se der tempo, posto aqui ainda hoje. É de um cambista com um ingresso de estudante para o Atlético x Flamengo de domingo. O valor no mercado paralelo: 100 reais. Em outra foto um piazão segura um leque deles.

Eu fico impressionado com a incapacidade dos clubes (todos!) e da polícia (todas!) de barrar a ação de cambistas. Um colega de redação que foi para a fila às 6h45 disse ter sido abordado por um cambista, que pediu a ele e um amigo que comprassem cinco ingressos, para serem revendidos depois. E a polícia, que deveria fazer um pente-fino na fila para barrar esse tipo de ação, onde estava a uma hora dessas? Se fosse nos Estados Unidos, diria que estavam comendo rosquinhas. Por aqui, sei lá.