Como comprar o pague-pra-ver do Brasileiro provocaria um tsunami nas minhas contas, não pude assistir a Atlético x Internacional e Juventude x Paraná. Me limitei ao compacto disponibilizado pelo GloboEsporte.com (aqui o do Furacão, aqui o do Tricolor) e ouvi boa parte do jogo rubro-negro-colorado pela Rádio Gaúcha, de Porto Alegre.

Porém, palpiteiro insaciável que sou, peço licença aos internautas para despejar opiniões com a profundidade de um pires e pitacos provavelmente furados sobre o pouco que vi, ouvi e li das pelejas. Advertência feita, segue quem quer…

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O Atlético só precisou de sete toques na bola para ir da entrada da sua área até a entrada da área do Inter no seu primeiro gol. Tão impressionante quanto isso é o zagueirão Danilo aparecer lá na frente para dar o último toque antes da ajuda providencial do Colorado Titi.

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É o impiedoso contra-ataque atleticano, que funcionou muito durante todo o primeiro tempo na Baixada. Uma marca que passou a acompanhar o time em 99, com o quadrado mágico de Adriano-Kelly-Lucas-Kléber. Se o Atlético fora de campo é o clube do CT e do estádio modernos, dentro dele é o time do contra-ataque mortal.

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Faço este preâmbulo todo para falar do Vadão, o pai do quadrado mágico, o responsável por este DNA ofensivo do novo Furacão. Impressionante a falta de paciência da torcida com ele. Todas as substituições foram seguidas de gritos de burro e vaias. Sem falar no “Fora Vadão!” da torcida rubro-negra se opondo ao “Fica Vadão!” dos colorados.

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Como é bom esse Renan! Se não tiver o mesmo azar de André, o goleiraço colecionador de contusões que despontou no Beira-Rio nos anos 90 e hoje está no DM do Juventude, será titular da seleção em 2010. É como falou Wianey Carlet, da Gaúcha: “Escala bem esse Luigi (Giovani Luigi, diretor de futebol do Inter, que, segundo Clemer ao Zero Hora, é quem escala o time colorado).”

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E como faz bem uma sombra. Bastou a diretoria do Paraná se mexer atrás de um matador para Josiel voltar a jogar bola. Fez dois contra o Grêmio, um contra o Juventude – e só não fez mais um na Serra porque Michel, o goleiro do Ju, não deixou. Ainda assim, sou mais Vandinho.

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Pintado, como não poderia deixar de ser, elogiou o trabalho do amigo Zetti. Terá uma semana para implantar seu estilo com o respaldo de duas vitórias. Depois, estreará sem a responsabilidade de ganhar, contra o Cruzeiro, no Mineirão, onde o Paraná costuma aprontar com freqüência. Tranqüilidade maior impossível. Espero que Pintado aproveite a chance rara.

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Ele não falhou no fim de semana, mas ainda assim deve ser mencionado. Flávio já perdeu a agilidade que levou Carneiro Neto a apelidá-lo de Pantera. Seu contrato vai até o fim do ano e não vejo nenhum motivo para renovar o acordo se não a gratidão da diretoria por ele ter ficado no clube mesmo em momentos difíceis. O Brasileirão será de observação de goleiros para os paranistas, porque Marcos Leandro, quando entrou, não passou segurança. Tarefa para o olhar aguçadíssimo de Vavá Ribeiro.