A final da Champions é o jogo mais importante do mundo para o futebol de clubes. Todos os anos, milhões de pessoas de todo o mundo assistem aos melhores jogadores da Europa competirem por esse troféu tão histórico.

No próximo sábado (29), o ritual sagrado do futebol mundial transcorrerá novamente, na cidade do Porto, em Portugal, desta vez em um embate inglês, entre Chelsea e Manchester City, em busca da glória máxima da temporada.

Mas não são só os jogadores que estão em evidência. Normalmente, os fabricantes de chuteiras também aproveitam a partida para apresentar os seus lançamentos mais recentes. Como resultado, os momentos históricos da final da Liga dos Campeões também são acompanhados de chuteiras emblemáticas.

Antes da final de 2021, que por sinal tem o City favorito segundo as casas de apostas, voltamos nossa atenção para alguns desses momentos e para as chuteiras detrás de cada um.

Real Madrid encerra jejum pelos pés de Mijatovic

Predrag Mijatovic teve uma carreira impressionante até 1998. O Poacher foi finalista da Bola de Ouro no ano anterior e havia vencido La Liga com o Real Madrid na temporada 1996/97.

Mas nenhuma dessas conquistas foi capaz de fazer com que Los Blancos ganhassem sua primeira Copa Europeia em 32 anos. Até que ele marcou o único gol da partida contra a Juventus em 1998.

A carreira de Mijatovic chegou ao auge com três toques, quando ele conseguiu dominar um chute desviado de Roberto Carlos – o primeiro tirou a bola do caminho do goleiro Angelo Peruzzi, o segundo uma cutucada com a parte externa do pé e o terceiro um toque tão delicioso que merecia uma estrela Michelin.

Merece destaque o fato de o montenegrino ser capaz de manter a bola tão próxima, com perfeição, utilizando uma chuteira preta e branca Puma Kings clássica, meio desarrumada.

Com uma língua branca imensa, é algo que você não veria nas chuteiras de nenhum jogador numa final da Liga dos Campeões atualmente. Mas se você mesmo quiser voltar ao passado, a Puma Kings ainda está sendo fabricada com uma língua com tamanho impraticável.

A apoteose de Solskjaer

Em termos de emoção, este momento está entre os mais memoráveis da história do futebol. Após um primeiro gol de Mario Basler, o Bayern de Munique (campeão da Bundesliga), estava a caminho da sua primeira Copa Europeia em quase 25 anos, e uma possível tríplice coroa.

As duas equipas perderam oportunidades no segundo tempo e, quando o jogo entrou nos 3 minutos finais de acréscimos, a torcida do Bayern deu início às comemorações. Mas a festa não durou muito. Trinta segundos depois, o United empatou com Teddy Sheringham. E aos 92:17 no relógio, Solskjaer marcou o gol da vitória.

Perdidas em meio a carrinhos e estrelinhas de goleiros, e um pandemônio nas arquibancadas do Camp Nou, estavam suas chuteiras – uma Nike Mercurial II totalmente preta. Atualmente uma das chuteiras mais famosas do mundo, a linha Mercurial havia sido lançada apenas um ano antes, com a clássica cor prata e azul usada por Ronaldo na Copa do Mundo de 1998.

A segunda edição atualizada de Solskjaer quase foi esquecida entre as dezenas de Mercurials lançadas nos últimos 20 anos. Mas pouquíssimas foram usadas num momento tão emblemático.

A magia de Zizou

Se de alguma forma o futebol ser considerado uma forma de arte, sem cair em clichê, então este gol já deveria estar sendo exibido no Louvre há muito tempo. Simplesmente, ele foi todo lindo.

O cenário: Final da Liga dos Campeões, com placar 1 a 1 entre Real Madrid e Leverkusen, quase no fim do primeiro tempo. O chute: Um movimento impressionante de criatividade.

Basta assistir a este gol ao som de uma ópera para tornar o brilhantismo acrobático de Zinedine Zidane numa forma de entretenimento sofisticado. A força com que ele pegou a bola, ao cair nos seus pés depois de passar um bom tempo no ar, não deu chance ao goleiro do Leverkusen, Hans-Jorg Butt.

O jogador: Zidane era tipo de jogador que você sempre escolheria para o seu time, se fosse jogar no parque com seus amigos de infância. Ainda hoje, depois de alguns anos, Zidane ainda é o jogador que muitos tentam imitar nas quadras, mesmo que não reconheçam abertamente a admiração.

A chuteira: Um gol clássico, marcado por um jogador clássico, não estaria completo sem uma chuteira clássica. É exatamente isso que encontramos na Adidas Predator, numa composição harmônica entre preto, branco e vermelho. Verdadeiramente, é um casamento perfeito.

O milagre de Istanbul

Entre eles, Vladimir Smicer soltou um foguete que colocou o Liverpool a um gol do Milan, que havia alcançado uma vantagem de 3 a 0 no primeiro tempo. É impossível reduzir o milagre de Istambul a um único momento. A famosa virada do Liverpool foi, na verdade, uma sucessão de momentos memoráveis.

Depois de receber a bola a cerca de 25 metros do gol, o jogador da República Tcheca – jogando sua última partida pelo clube – ainda deu um toque antes de disparar um poderoso chute rasteiro no canto mais distante.

Quatro minutos depois, o Liverpool empatou com Xabi Alonso. A partir daí, estamos falando de história. Do mesmo modo que Vladimir Smicer foi um dos heróis anônimos daquele time do Liverpool, sua chuteira também não recebeu muito destaque – em seus pés estava uma Mizuno Morelia Wave, em uma edição limitada de cor branca.

A marca japonesa tem uma das menores participações no mercado de chuteiras, mas sua abordagem de qualidade em primeiro lugar fez com que ganhassem seguidores sofisticados. Rivaldo, Roberto Carlos, Patrick Kluivert e Fernando Torres calçaram chuteiras da Mizuno em algum momento das suas carreiras. Mas Vladimir Smicer pode dizer que foi o responsável pelo o principal momento da chuteira em ação.

As Lágrimas de John Terry

Se você é fã do Chelsea, talvez seja melhor pular para a próxima parte. Por mais difícil que seja enfrentar uma derrota na final da Liga dos Campeões, a imagem de um John Terry cabisbaixo, com a cabeça entre os joelhos, é difícil de esquecer. Nenhuma lista de momentos históricos poderia estar completa sem este evento.

Em abril de 2020, depois de 12 anos, Terry admitiu que o evento de Moscou ainda o fazia perder o sono, apesar de ter conseguido erguer o troféu quatro anos depois. Em meio a um dilúvio no Estádio Luzhniki, o Chelsea estava a um único pênalti de vencer a disputa de pênaltis contra o Manchester United, depois de empatar por 1 a 1, e convocou seu capitão para a tarefa.

Mas quando Terry foi bater o pênalti, suas chuteiras perderam o controle no gramado escorregadio e sua perna de apoio cedeu. A bola bateu na trave e ele caiu no chão.

O Blues acabou perdendo com um placar de 6-5 nos pênaltis. O pior momento de Terry veio enquanto usava uma chuteira Umbro SX Valor, na cor preto e branco, que reconhecidamente pareciam proporcionar pouca aderência. Mas faltou um conjunto de cravos maiores.

Messi Alcança Outro Patamar

Este momento foi emblemático por dois motivos – o tipo do gol e a comemoração. Primeiramente, o gol em si. Lionel Messi é uma máquina de fazer gols, mas entre os mais de 650 que marcou pelo Barcelona, apenas 24 foram de cabeça.

Este, em particular – um salto gigantesco no segundo pau, com a bola passando por cima de Edwin van der Sar –, foi apenas o terceiro gol de cabeça da sua carreira pelo Barcelona.E também tem a comemoração. Ao cabecear para o gol que selou a terceira Copa Europeia do Barça, a chuteira direita de Messi caiu. Ao pegá-la no chão, Messi a agarrou levantou diante da multidão e a beijou duas vezes.

A chuteira em questão era uma Adidas F50i, da cor Ciano/Branco Running/Preto, lançada um pouco antes da final, com Messi estrelando uma campanha milionária de marketing. No entanto, a Adidas não poderia ter criado uma propaganda tão perfeita como essa – seu principal jogador levantando a chuteira lançamento, no maior palco do futebol de clubes. Valeu ouro.

Diego Milito faz Dois

Visão, sincronismo e técnica perfeita – é assim que descrevem o desempenho do jogador chamado de El Principe. O atacante argentino conquistou quase sozinho para o Inter a sua primeira Copa Europeia em 45 anos – e uma inédita tríplice coroa –, com dois gols, dignos do melhor jogador em campo no Bernabéu.

O seu primeiro jogo contra o Bayern de Munique foi uma bela jogada por cima de Manuel Neuer. E segundo gol foi a cereja do bolo. Depois de roubar a bola no campo adversário, Milito foi para a área, entortou o zagueiro Daniel Van Buyten e fez uma finalização precisa no canto oposto para selar a vitória.

A chuteira que Milito usava naquele dia era a Adidas adiPURE III, modelo que também já foi usado por Frank Lampard, David Silva e Xabi Alonso. Mas Milito usou uma chuteira na cor Branco Running/Azul/Dourado. Uma escolha bastante adequada, pela tempestade que ele criou para a defesa do Bayern de Munique naquele dia.

Robben arrasa o Dortmund

Depois de perder as finais da Liga dos Campeões de 2010 e 2012, Arjen Robben não estava disposto a deixar o Bayern perder pela terceira vez em quatro anos – especialmente contra seus principais rivais domésticos.

Com jogo empatado em 1-1, aproximando-se dos 90 minutos, o holandês entrou em ação. Depois de receber um toque de calcanhar de Franck Ribery na entrada da área, Robben passou por três zagueiros do Dortmund com um único toque antes de marcar o gol.

Em seus pés estava a Adidas F50 adizero em Azul Escuro/Branco Running/Rosa Vivo. A linha F50 já foi descontinuada pela Adidas, mas foram comercializadas como sendo uma das chuteiras mais leves do mercado, uma característica que se adequa perfeitamente ao jogo de Robben.

Certamente eles trabalharam bem aqui, já que o veloz ala dançou pela defesa do Dortmund para selar a quinta Copa Europeia para o Bayern.

La Decima

Se alguém quiser saber o que é ser decisivo nos esportes, basta assistir a este jogo a partir dos 90 minutos.

Com o Atlético de Madrid liderando a final da Liga dos Campeões de 2014 por 1 a 0 no terceiro minuto dos acréscimos, os rivais da mesma cidade conquistaram uma virada digna desse time que já havia sido campeão europeu por 10 vezes.

Primeiramente, Sergio Ramos empatou para forçar a prorrogação e, em seguida, o Real Madrid exerceu o domínio que esperamos deles nos últimos anos na Europa. A goleada de 4-1 terminou com um pênalti nos acréscimos do atleta que é sinônimo da Liga dos Campeões, Cristiano Ronaldo, com uma chuteira que se tornou quase tão famosa quanto sua comemoração típica.

A familiar composição Roxo Metálico Mach/Preto/Laranja Total da Nike Mercurial Vapor IX de Cristiano Ronaldo foi um retorno à Nike Mercurial Vapor Superfly, que foi comercializada durante a Copa do Mundo de 2010.

Gareth Bale, de Bicicleta

No quesito de gols, talvez este seja o mais lindo da história da Champions.

Depois de ser deixado de fora do time titular pelo técnico Zinedine Zidane, Gareth Bale entrou aos 61 minutos contra o Liverpool, com a partida empatada em 1-1, com a missão de criar o gol que daria o terceiro título consecutivo para o Real. Apenas dois minutos depois, marcou um gol espetacular.

O cruzamento do Marcelo veio um pouco atrás, enquanto Bale estava de costas para o gol. Foi aí que ele saltou para receber a bola com o seu fiel pé esquerdo. Enquanto o mundo respirava fundo, a bola passou por cima de Loris Karius e foi para a rede.

Nos pés de Bale, naquele dia, estava uma Adidas X18+, lançada pouco antes da final como a chuteira principal da marca para a próxima Copa do Mundo de 2018.

Anunciada como a chuteira leve top de linha da Adidas, com o design sem cadarço optimizado para velocidade, era perfeita para um jogador como Bale. Não é de admirar, então, que ele tenha marcado o seu gol mais emblemático com essa chuteira.