Uma semana após a morte de Pelé, aos 82 anos, a Copa São Paulo de Futebol Júnior, em especial os jogadores, homenageia o Rei do Futebol. Jovens de até 20 anos prestaram suas homenagens nos gramados ao redor do Estado. Um destes casos é o de Gabriel Luan Masson, meio-campo do Juventus, que homenageou Pelé na vitória sobre o São Caetano por 2 a 0, na estreia da equipe na Copinha na quarta-feira (4).

De pênalti, já nos acréscimos da segunda etapa, Masson garantiu a vitória juventina. Na comemoração, o camisa 10 mostrou a camiseta que trazia por baixo do seu uniforme, com o rosto do Rei do Futebol e a frase “Pelé Eterno“. Ele foi advertido pelo árbitro com o cartão amarelo após o lance. A partida, disputada na Rua Javari, estádio do Juventus da Mooca, trazia alguns elementos, como conta o jogador, ao Estadão.

+ Veja a tabela completa da Copinha!

“O Pelé é um jogador que nos inspira muito. Por mais que nós, jovens, não tenhamos visto ele jogar, a gente vê os vídeos, as fotos e temos ele como uma inspiração para a nossa carreira”, conta o jogador. Durante a partida, diversos torcedores nas arquibancadas prestaram homenagens a Pelé, com camisas e faixas em referência ao eterno camisa 10, que Masson carrega no Juventus. “O que Cristiano Ronaldo, Messi e Lewandowski fazem hoje em dia, ele já fazia em 1960.”

Assim como a maioria dos brasileiros – o velório de Pelé recebeu mais de 200 mil pessoas em Santos -, Masson ficou sentido pelo falecimento do ídolo. “A camisa 10 só tem a sua importância graças a Pelé”, afirma o jogador. Ele conta que, com o início da Copinha próximo, ele conversou sobre sua família para homenagear o Rei. “Queria marcar um gol e marcar esse momento na história. Graças a Deus tudo saiu como planejado.”

+ Copa São Paulo: veja os destaques da primeira rodada

Masson, meia do Juventus, homenageia Pelé em jogo da Copinha

Assim como Masson, outros jovens homenagearam Pelé nesta primeira rodada da Copinha. Na estreia do Santos contra o São Raimundo, os “Meninos da Vila” comemoraram com o “soco no ar”, eternizado pelo Rei. A partida também foi paralisada no minuto 10, em respeito ao ídolo.

“Essas celebrações vão continuar (ao longo da Copinha), porque todos os garotos têm como objetivo espelhar a figura do Pelé em suas carreiras”, conta Masson.

As imagens de Masson, celebrando com a camiseta em homenagem a Pelé, repercutiram nas redes sociais. “Foi um momento histórico, que vai ficar marcado para sempre em minha vida”, conta o jogador. Ele disputa sua terceira Copinha pelo Juventus – também jogou em 2020 e 2022. Na última temporada, foi um dos destaques da equipe, com quatro gols em cinco jogos, e ganhou oportunidades no profissional na Copa Paulista e na Série A2 do Campeonato Paulista.

Ao longo da última semana, ex-jogadores da seleção brasileira, campeões mundiais, foram ausência no velório do Pelé, que aconteceu no Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro, durante 24 horas, entre segunda e terça-feira. Neste período, apenas dois jogadores campeões mundiais com a seleção brasileira estiveram no local para prestar suas últimas homenagens ao Rei: o companheiro do tricampeonato Clodoaldo (1970) e o volante Mauro Silva (1994), vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF).

“Não dá para julgar os ex-jogadores, talvez por conflitos de agenda não fosse possível estar presente”, afirma o camisa 10 do Juventus. “O importante é continuar com as homenagens, para que a sua imagem não seja esquecida.”

PELÉ CONTRA JUVENTUS

Ao longo de sua vida, Pelé contava que o seu gol mais bonito da carreira foi marcado na Rua Javari. Infelizmente, o lance não foi filmado. Foi em um jogo entre Santos e Juventus, quando o craque chapelou quatro jogadores e colocou a bola para dentro do gol. O gol foi tão marcante que recebeu homenagens do rival em 2006, com um busto do Rei, na entrada do estádio. Uma reconstituição, de como teria sido o lance, também foi feita com o uso da tecnologia.

O Juventus também foi uma das principais vítimas de Pelé ao longo de sua carreira. Dos 1283 gols anotados pelo Rei do Futebol, 42 foram sobre o clube da Mooca. É a segunda maior marca do camisa 10, empatado com a Portuguesa e inferior apenas ao Corinthians.