
Da esquerda para direita: Marcelo Romaniewicz, Aramis Tissot, Ernani Buchmann e Renato Trombini em apresentação da chapa Revolução Paranista
Fui ao almoço de lançamento da chapa Revolução Paranista. Saí de lá com uma certeza: não haverá bate-chapa no dia 11 de novembro.
O grupo formado ali é muito amplo, tem bom retrospecto e é forte politicamente. Dos ex-presidentes, somente Dilso Rossi não viu o clube erguer uma taça sequer sob seu comando. Havia por ali gente que ocupa cargo atualmente – não sei se apenas para ver o que estava acontecendo ou prestando apoio efetivo -, casos de Casinha e do presidente do Conselho Deliberativo. Também há o apoio de quem não estava ali, caso da Base.
O Professor Miranda já indicou que pode retirar a candidatura. Aurival deve fazer o mesmo, sob risco de perder feio nas urnas. Em sua gestão o Paraná encolheu como time de futebol, algo que nem o equilíbrio financeiro apaga ou ameniza.
Os projetos do grupo encabeçado por Aramis Tissot são, em tese, ótimos. Revitalização do estádio, formação de um time vencedor, aposta no marketing para gerar recursos etc.
Para tirar tudo isso do papel é preciso dinheiro. Para o futebol deve ser formado um grupo investidor, encabeçado por Renato Trombini. Vinte paranistas colocando dinheiro no clube para contratar jogador, cientes de que é um investimento de risco. E ainda não se sabe exatamente como será a partilha dos direitos na hora da venda.
Se não houver pressa de recuperar o investimento, pode dar certo. Caso contrário, serão 20 pessoas se queixando e opinando sobre os rumos do futebol.
O excesso de participação, aliás, precisa ser acompanhada com atenção pela diretoria (caso este grupo seja eleito). Na hora da mobilização todo mundo quer ajudar, às vezes muitos se perdem pelo caminho.
Os ex-presidentes (exceto Aramis) não devem ocupar cargos na diretoria. Se propõem a ficar como espécie de consultores. Bom pela experiência, por ter mais ideias, o conselho de cardeais pode se tornar um perigo. Muita gente sabendo das coisas é ótimo para imprensa, mas nem sempre tão bom para o clube. Muita coisa vaza, confusão na certa.
Senões à parte, porém, me parece ser a melhor saída para o Paraná. Fiquei feliz por ver essa mobilização, gente já resolvida profissionalmente e futebolisticamente se dispondo a voltar ao dia a dia da bola. Boa sorte, Tricolor.