Pedro Serápio/ Gazeta do PovoPedro Serápio/ Gazeta do Povo
O meia Paulo Baier, acompanhado do volante Claiton, chega em clínica para fazer exame da contusão na coxa esquerda

A contusão de Paulo Baier dá graça a um campeonato que se desenhava previsível. Graça, claro, para quem não é atleticano. Os rubro-negros, claro, não veem graça nenhuma. Estão apreensivos com a lesão. Desconfiados das opções de reposição. É o que mostra enquete no nosso site, com 38% dos atleticanos (no momento em que escrevo) pedindo a contratação de alguém para o lugar do camisa 10.

Paulo Baier é o melhor jogador inscrito no Campeonato Paranaense. É quem chega mais próximo do consagrado conceito de craque. A bola chega no pé dele, os adversários tremem. A bola sai do pé dele, a torcida se levanta. Se Baier pega na bola, algo acontece.

A equação deste campeonato, com Baier vendendo saúde, era simples. Paulo Baier + Atlético entrosado + Coritiba abalado + Paraná remontado + interior capenga = Atlético em primeiro, com supermando e dois pontos extras. Vantagem que, mesmo com algum tropeço, não seria descontada na segunda fase.

Agora, com Baier fora por pelo menos um mês, a coisa se nivela. O Atlético passa de time comum com um craque a time comum e ponto final. Como comuns são Coritiba e Paraná. A briga pelo primeiro lugar e seus benefícios fica totalmente aberta. Ou pior, o Atlético fica até um passo atrás.

A performance rubro-negra sem Baier é pavorosa, como mostra Carlos Eduardo Vicelli na Gazeta de hoje. Há todo esse peso psicológico da ausência do maestro.

Agora, essa é a maior missão de Antônio Lopes. Mostrar a esse Atlético que é possível vencer sem Paulo Baier. Ainda mais contra os fracos times do nosso interior.

De qualquer maneira, sem Baier a quase certa classificação do Atlético em primeiro lugar fica seriamente ameaçada.