A pouco mais de dois meses do fim do Brasileirão 2018, três clubes ainda não fecharam contrato de TV aberta e pay-per-view (PPV) para o período entre 2019 a 2024. A reportagem apurou que Atlético-PR e Bahia seguem em ritmo lento de negociação com a Rede Globo desde que ambos rejeitaram a oferta com ‘redutores’ por terem vendido os direitos de TV fechada ao Esporte Interativo, no início do ano.
Já Palmeiras, que também não aceitou o acordo da Globo, estaria inclinado a rediscutir o assunto em reunião no mês que vem. Porém, o clube segue convicto que deve receber o valor integral da proposta mesmo sendo exclusivo do Grupo Turner na televisão paga.
A aplicação de reduções no valor pago aos times que fecharam com o EI é o principal motivo pelo travamento das negociações. A emissora prevê diminuir em 20% (para TV aberta) e 5,2% (em PPV, por jogo) os novos contratos para quem assinou com a rival.
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Atualmente, o Porco recebe R$ 100 milhões por temporada da TV, enquanto Furacão e Tricolor levam, cada um, R$ 35 milhões.
Procurado, o diretor de planejamento e aquisição de direitos esportivos do Grupo Globo, Fernando Manuel Pinto, afirmou que não comenta o andamento das tratativas.
“Temos um diálogo constante com os clubes sobre o novo modelo 2019-24 da Série A, que já conta com 32 clubes signatários. Respeitamos a posição dos clubes que até o momento não desejaram firmar acordo conosco, exercendo seu legítimo direito de escolha quanto à destinação de seus direitos”, afirma Fernando Manuel.
“Do nosso lado, seguiremos engajados e procurando demonstrar os avanços que o novo modelo representa para futebol brasileiro e que, esperamos, encaminhará outros em parceria com os clubes”, completa o diretor.
A partir de 2019, a Globo terá uma nova divisão do dinheiro da TV aberta: 40% da receita será repartida igualmente entre os clubes, 30% de acordo com a performance dos clubes no ano anterior e outros 30% segundo o número de jogos veiculados na TV aberta.
Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, sempre defendeu publicamente o modelo inglês de divisão: 50% de forma igualitária, 25% por performance e 25% por audiência.
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