Será que desce?
O que esperar de um time com o sexto técnico em nove meses? Nada. E de onde nada se espera, com raras exceções, difícil ocorrer algo. Assim surge o Atlético nesta temporada.
Com passos de Usain Bolt para o rebaixamento, o Rubro-Negro precisa justamente acreditar que é uma daquelas raras exceções. Só assim terá alguma chance de escapar do vexame.
Na prática, o clube precisa ter a cabeça fria neste momento – a ponto de passar um cheque em branco para o técnico Antonio Lopes. Ele – apesar dos inúmeros senões nos últimos trabalhos — foi o escolhido pela diretoria para salvar o clube.
O processo de redenção passa necessariamente em criar uma atmosfera entre torcida e time na Arena. Coisa para o marketing do clube, talvez. A receita engloba também torcer contra meia-dúzia de rivais. Por fim, aquela dose de sorte.
Tudo isso pode ocorrer? Não sei. É difícil. Enfim, não apostaria.
Tem outra estratégia, palpite?
Será que sobe?
Por Sandro Gabardo
O Coritiba é melhor do que vem sendo. E pode errar menos do que vem errando. Isso ficou evidente na vitória de ontem no Couto Pereira sobre o líder Corinthians.
O perigoso ataque do Timão foi anulado. A festa só não foi menos tensa – duas bolas acertaram a trave de Vanderlei no fim do jogo – porque o ataque alviverde ainda não repetiu as boas atuações do primeiro semestre. Rafinha e Marcos Aurélio são as peças-chave para resolver isso. Ambos têm de dar mais fluidez no campo ofensivo, prendendo menos a bola.
Sem um centroavante de ofício, papel que Bill às vezes cumpre com dignidade – e talvez o calcanhar de Aquiles do time –, a movimentação e a velocidade são cruciais para dar poder de fogo à equipe. Falta cabeça no lugar, não qualidade ao campeão paranaense
O que falta ao Coritiba, opine?