
O assunto foi engavetado, mas não está totalmente morto. A ideia de rebatizar o Atlético voltou à tona por causa da Libertadores 2017. Na competição sul-americana, o Furacão é tratado como Paranaense, pois Atlético é um prenome comum nos países vizinhos.
No início do ano passado, cogitou-se a ideia de voltar à origem da fundação em 1924, com a grafia da época: Club Athletico Paranaense, ao invés de Clube Atlético Paranaense. Ou seja, o “Clube” ganharia a grafia inglesa “Club” e o “Atlético” passaria a ser “Athletico”, com um H entre o T e o L.
A proposta chegou a ter apoio público do presidente do Deliberativo, Mario Celso Petraglia, que justifica que essa seria uma maneira de diferenciar o clube dos outros Atléticos, como o Mineiro, Boca Juniors, River Plate, Nacional Medellín…
Também ajudariam o clube a ganhar relevância nas redes sociais e sites de busca, algo importante para as estratégias de marketing. Enfim, tradição em segundo plano.
Mas troca de alcunha não está entre as prioridades de momento, garante o presidente Luiz Sallim Emed. Os mais conservadores podem ficar tranquilos, assegura o dirigente.
“O que de fato tem acontecido é que nos encontros com os presidentes dos clubes estrangeiros chamam a gente de Paranaense. Isso é interessante, esse é um nome que está em alta lá fora. Mas é uma marca que está ficando por conta deles. Agora, aqui em Curitiba, isso ficou lá para trás. Nós da diretoria não discutimos esse assunto em nenhum momento [desde surgir o debate]”, diz o dirigente.
Mas é bom lembrar: a gestão atual gosta dessa estratégia ousada. Em 2015, a diretoria do clube deixou de tratar a Arena da Baixada pelo nome Joaquim Américo – cartola que adquiriu o terreno para a construção do estádio – e passou a chamá-la de Estádio Atlético Paranaense ou CAP Stadium em seu site oficial. O tratamento pretende expandir a imagem do Furacão.