Daniel Darevecki / Gazeta do Povo
Daniel Darevecki / Gazeta do Povo

Já escrevi aqui algumas vezes que é melhor engolir um prejuízo financeiro imediato do que passar pelo menos um ano contando moeda na Segunda Divisão. Uma ideia nada original. Pelo contrário, já virou lugar-comum entre times ameaçados pelo rebaixamento.

O Coritiba, que acaba de perceber-se sob risco de descenso, aplicou rapidamente a cartilha. Reforçou seu estafe fora de banco e busca gente mais qualificada para correr atrás da bola.

Mesmo assim, é bom ver a que preço certas escolhas são feitas. A malfada parceria com Nadim Andraus Filho era preocupante. Ceder fatias de jogadores não é das atitudes mais inteligentes a médio prazo. Tapa o buraco agora, mas asfixia qualquer faturamento futuro. Ao invés de ganhar 100 o time passa a ganhar 70.

Com Andraus bateu na trave, mas tem tudo para dar certo com o banco BMG, novo patrocinador do clube que está a ponto de criar um fundo de investimentos em jogadores. Obviamente o Coritiba será um dos primeiros bufês de jovens atletas do qual os investidores vão se servir. E tome 20% de jogadores na mão de fundo.

Já dá para encher uma mão com os jogadores que deixaram o Coritiba recentemente sem dar muito lucro ao clube. Ceder fatias a investidores, no fim, resulta no mesmo problema. Antes, havia contratos antigos para jogar a culpa. Agora, é opção da diretoria.

Arena Atletiba

Cerca de 150 comentários liberados aqui no blog. Outras 60 mensagens recebidas no e-mail do jornal. A Arena Atletiba sacudiu a quinta-feira em Curitiba. E da mesma forma que nasceu, a ideia deve morrer – ou ser congelada. Categórico, Marcos Malucelli garantiu que com ele presidente não tem estádio compartilhado na Buenos Aires 1.260.

Reforma ortográfica

Faltou incluir na recente reforma da língua portuguesa escrita um sinal de ironia, companheiro potencial ao de interrogação e ao de exclamação. Se existisse o sinal de ironia, ficaria bem claro para todo mundo que quando escrevo que por mim o estádio conjunto pode ser até no Aterro da Caximba é óbvio que eu não estou propondo que se construa algo por lá. Fala sério, pessoal!