Sete anos depois, Nem volta a vestir a camisa tricolor.

Imagem emblemática do fim de feira de Nem no Atlético.

Nem estava pela cidade de bobeira há alguns dias. Reviu os amigos, matou saudade de seus points prediletos, correu um pouco para manter a forma. Conversou com Atlético. Conversou com Figueirense. Acertou com o Paraná.

O que pode parecer uma fria, devido à idade do jogador (34 anos) e à falta de informação da massa sobre o seu futebol, tem tudo para, enfim, arrumar a defesa do Paraná.

Nem foi uma das peças-chave da ressurreição do Sporting Braga em Portugal. Clube mediano desses que tem aos montes pelos gramados lusitanos, o alvirrubro sofreu uma verdadeira revolução. Virou a quarta força do país, graças, principalmente, à sua sólida defesa.

E Nem foi uma das peças-chave dessa zaga. Jogou melhor do que nos últimos meses de Atlético e até aprendeu a atuar como zagueiro no 4-4-2, sistema que aqui no Brasil invariavelmente resultava em expulsões do becão.

Logicamente, o internauta deve estar perguntando: Se Nem jogou tudo isso, porque não ficou em Portugal?

Jorge Costa, técnico que assumiu o Braga no meio da temporada, mandou o zagueirão para a reserva. Nem não gostou, bateu boca com o treinador e perdeu o bonde de vez.

Procurou um porto seguro, onde tem tudo para ser rei. Se precisar, como zagueiro pelo lado esquerdo. Mas, palpite óbvio, será como líbero, atrás de Daniel Marques e Luís Henrique.

O torcedor pode esfregar as mãos. Sofrer com as pixotadas de Neguette e Toninho será, em breve, coisa do passado.