Nem estava pela cidade de bobeira há alguns dias. Reviu os amigos, matou saudade de seus points prediletos, correu um pouco para manter a forma. Conversou com Atlético. Conversou com Figueirense. Acertou com o Paraná.
O que pode parecer uma fria, devido à idade do jogador (34 anos) e à falta de informação da massa sobre o seu futebol, tem tudo para, enfim, arrumar a defesa do Paraná.
Nem foi uma das peças-chave da ressurreição do Sporting Braga em Portugal. Clube mediano desses que tem aos montes pelos gramados lusitanos, o alvirrubro sofreu uma verdadeira revolução. Virou a quarta força do país, graças, principalmente, à sua sólida defesa.
E Nem foi uma das peças-chave dessa zaga. Jogou melhor do que nos últimos meses de Atlético e até aprendeu a atuar como zagueiro no 4-4-2, sistema que aqui no Brasil invariavelmente resultava em expulsões do becão.
Logicamente, o internauta deve estar perguntando: Se Nem jogou tudo isso, porque não ficou em Portugal?
Jorge Costa, técnico que assumiu o Braga no meio da temporada, mandou o zagueirão para a reserva. Nem não gostou, bateu boca com o treinador e perdeu o bonde de vez.
Procurou um porto seguro, onde tem tudo para ser rei. Se precisar, como zagueiro pelo lado esquerdo. Mas, palpite óbvio, será como líbero, atrás de Daniel Marques e Luís Henrique.
O torcedor pode esfregar as mãos. Sofrer com as pixotadas de Neguette e Toninho será, em breve, coisa do passado.