
Marcelinho Paraíba ajeitou a bola na cobrança de pênalti aos 45 do 2º tempo…
Quem quiser ler sobre o futebol jogado dentro de campo, sugiro que role a barra aí ao lado até o pé do post. Só a partir dali que eu vou escrever de bola. Antes, falarei sobre empresários.
Não sei vocês, mas não aguento mais essa história de empresário disse isso, empresário falou aquilo. E o pior é que não tem como fugir disso. Jogador de futebol aceitou definitivamente sua condição de mercadoria. Com raras exceções, boleiro se limita a beijar o escudo e a jogar bola onde o empresário manda. Ninguém mais tem vontade própria.
Vejam essa história do Marcelinho Paraíba. Depois de decidir o jogo contra o Grêmio, lá na primeira quinzena de julho, Marcelinho falou que sua renovação estava 99% certa. O Coxa passou sete rodadas do Brasileiro sem vencer, trocou técnico, trocou diretor de futebol, perdeu na Sul-Americana, ganhou duas no Brasileiro com o Marcelinho desequilibrando e nada de esse 1% fechar.
A situação é exatamente a mesma de um mês atrás. O jogador quer ficar, o empresário quer esperar para ver se alguém sacode pela janela um punhado de euros, dólares, petrodólares ou qualquer outra moeda mais forte que o Real.
Com todo o respeito, por que o Marcelinho não manda o empresário passear? O cara passou oito anos na Alemanha, só jogou em time grande no país, tem cabeça boa. Certamente já fez seu pé de meia. Não precisa mais buscar grana lá fora. E quem manda na situação é ele. São as pernas dele que vão ter que dar a resposta em campo enquanto o empresário conta dinheiro no ar condicionado do escritório.
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Carlinhos Paraíba (e empresário, claro) recusou proposta do futebol mexicano. Preferem assinar um pré-contrato com outro time em setembro. É o mesmo que foi feito com Marlos e Mancha. Também o mesmo que chegou a se comentar sobre Paulo Baier, prontamente desmentido pelo clube e o empresário do atleta.
Eu que ando ruim de memória, ou só jogadores dos nossos clubes assinam pré-contratos?
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L.A. Sports e Traffic vão socorrer o Paraná e comprar os direitos do zagueirão Gabriel. Ação providencial, pois evita a saída de alguém que ajudou a arrumar a defesa tricolor.
Claro que há mais do que benevolência por trás disso tudo. Pagar para Gabriel ficar na Vila conta pontos com a torcida paranista e é um baita investimento. Gabriel hoje já vale mais do que quando chegou e fechará a temporada valendo muito mais.
Pena nisso tudo o Paraná seguir nessa situação de ter de vender a janta para garantir o almoço.
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Coritiba, Atlético e Paraná tiveram atuações nos últimos dias que dão, pelo menos, a segurança de que vão permanecer na divisão em que estão. Perto do risco que os três corriam até outro dia, é algo a ser destacado, não comemorado. Time que se acostuma a ficar satisfeito por não cair uma hora erra a mão e cai. E os nossos estão flertando com o perigo há tempos.