O árbitro Carlos Tadeu Ferreira de Castro registrou que o zagueiro Ronald, do Maringá, teria pedido para tomar um cartão amarelo em conversa com o delegado da partida, Fábio Henrique Gustalla Ferreira, antes do apito inicial do jogo diante do Botafogo-SP. Ontem, o duelo terminou empatado por 1 a 1, pela sexta rodada da Série C do Campeonato Brasileiro.

“Informo que, antes do início da partida, durante o momento de planejamento da equipe de arbitragem, o delegado da partida, sr. Fábio Henrique Gustalla Ferreira dos Santos, dirigiu-se à equipe de arbitragem e proferiu as seguintes palavras: ‘Um atleta que estará no banco de reservas do Maringá pediu para avisar que quer tomar cartão. Ele quer saber se precisa fazer algo ou não'”, registrou o juiz do confronto na súmula, disponibilizada no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Contudo, o próprio árbitro aponta que houve uma dúvida no trio de arbitragem em relação à declaração feita pelo delegado do confronto.

“No momento da fala, houve uma dúvida inicial por parte da equipe de arbitragem quanto ao que exatamente se tratava o conteúdo da informação. em seguida, foi respondido pelo árbitro da partida: ‘nós não temos nada a ver com essa situação. aplicaremos as sanções necessárias’. O assistente número 2, sr. Júlio César Gaudêncio, complementou: ‘a regra do jogo será cumprida. o que ele irá fazer ou não, não cabe a nós’, completou.

Maringá nega; delegado aponta “relato impreciso”

O Maringá ressalta que o zagueiro Ronald não falou com ninguém, nenhum dos árbitros ou com o delegado, antes da partida. O clube aponta que se trata de uma situação criada pela própria arbitragem.

Já no relatório feito pelo delegado, Fábio Henrique Gustalla Ferreira fez questão de explicar o mal entendido. Segundo ele, trata-se de um “registro impreciso” e que merecia esclarecimento – leia a íntegra aqui.

“Este delegado, em nenhum momento, manteve qualquer contato direto com os atletas antes do início da partida. De fato, a equipe de arbitragem, antes do início do jogo, encontrava-se conversando sobre aspectos gerais da partida, quando comentou sobre o time do Maringá, especialmente a respeito do capitão, Sr. Ronald Eugenio de Carvalho”, conta.

Segundo Fábio, ele apenas alertou o trio de arbitragem que Ronald estava lesionado e pendurado. Portanto, se tivesse algum comportamento alterado, seria para forçar o cartão amarelo e ficar suspenso na partida seguinte, em que provavelmente estaria de fora.

“Aparentemente, a equipe de arbitragem não compreendeu corretamente o teor da observação”, disse.

Para completar, ele destacou que não teve qualquer contato e não relatou o que foi registrado na súmula.

“Ressalte-se que este delegado não manteve contato direto com o atleta Ronald Eugenio de Carvalho, nem com qualquer outro atleta. Por fim, destaca-se que a arbitragem não procurou este delegado para esclarecimentos adicionais, e que a súmula da partida não foi finalizada no estádio, o que contribuiu para o relato impreciso dos fatos”, completou Fábio.

Com Ronald relacionado, o Maringá se prepara para enfrentar o Atlético-MG, pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. Após o empate por 2 a 2 na ida, o clube paranaense tenta a vaga inédita nas oitavas de final da competição. O jogo está marcado para a próxima quarta-feira (21), às 21h30, na Arena MRV, em Belo Horizonte. 

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