Inicialmente, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) estudava realizar o Estadual em 14 datas a partir do ano que vem, mas o desejo da CBF é em reduzir para 11. A expectativa dos clubes e da própria FPF é que a CBF aceite uma exceção e o Paranaense seja disputado em 12 rodadas.
De acordo com o vice-presidente do Azuriz, Robson Ramos, o presidente da FPF, Hélio Cury Filho, deixou a decisão nas mãos dos clubes.
“Nós já tivemos dois pré-arbitrais em maio para falar sobre o Campeonato Paranaense de 2026. No último, o presidente deixou à disposição dos clubes para saber a opinião. Tende a ser com 11, mas trabalhar com a ideia de ser com 12. O campeonato com 12 seria mais igualitário”, explicou o vice do Azuriz, em conversa com o UmDois Esportes.
Nas reuniões prévias, os clubes debateram fórmulas de disputa com 11 e 12 datas e aguardam a aprovação da CBF. A definição de como será o Campeonato Paranaense de 2026 será decidido apenas no arbitral, que normalmente ocorre entre outubro e novembro.
Como a mudança pode afetar os clubes do Campeonato Paranaense
Time titular do FC Cascavel no Paranaense de 2025. (Foto: Reinaldo Reginato/IconSport)
Dez dos 12 clubes que vão disputar o Campeonato Paranaense de 2026 já estão definidos.
São eles: Andraus, Athletico, Azuriz, Cascavel, Cianorte, Coritiba, Londrina, Maringá, Operário e São Joseense. Os últimos dois são os melhores colocados da segunda divisão. Rebaixado, o Paraná Clubejogará a Segunda Divisão em 2026.
Destes, Cascavel, Azuriz e os dois times que subirem da segundona disputam somente o Estadual caso não disputem a Taça FPF no segundo semestre. Ou seja, 25% dos clubes do Paranaense correm o risco de disputar no máximo 12 jogos em uma temporada.
Operário é o atual campeão paranaense. Foto: André Jonsson/OFEC
“Qual o impacto dos clubes que só jogam o Estadual? Impactando os clubes menores, qual o impacto disso no futebol nacional? Por menor expressão que tenham, os clubes menores têm a missão de revelar atletas, fornecer atletas para times maiores. Imagina um time desse jogando cinco jogos, é muito desestimulante para montar time, buscar patrocínios e engajar torcida”, afirmou João Vitor Mazzer, presidente do Maringá.
Ainda segundo o mandatário do Maringá, a redução do calendário também pode prejudicar a evolução do Campeonato Paranaense. “O Paranaense está evoluindo nos últimos anos, melhor trabalhado como produto, mas estamos em uma força-tarefa de melhorar no sentido de ser um produto comercialmente melhor para que tenha mais receitas e melhore as condições dos clubes”, opinou.
“A partir do momento que o Paranaense fica mais curto, fica mais difícil captar recursos. E automaticamente tem uma piora do produto”, destacou Mazzer.
Jornalista formado na PUC-PR e especialista em Gestão e Marketing no Esporte pela Uninter. Experiência em cobertura esportiva pela Rádio Banda B, Globo Esporte Paraná, Rede CNT e Paraná Portal. Colabora com o UmDois Esportes desde 2024, como repórter.