Entrevista

Vialle aposta em experiência para comandar o Coxa: “Não vamos enganar a torcida”

Vialle tenta ser presidente do Coxa pela terceira vez.

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Candidato pela terceira vez à presidência do Coritiba, o médico João Carlos Vialle é o último entrevistado do UmDois Esportes na série com os postulantes ao cargo para o próximo triênio (2021-2023). A eleição acontece em 12 de dezembro.

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Aos 77 anos, Vialle prega o discurso de que tem a experiência necessária para conduzir o Coxa neste momento complicado, com o clube afundado em dívidas. Mas na entrevista, ele deixa claro que sua chapa, a União Coxa, vai trabalhar com pés no chão, sem espaço para ideias mirabolantes.

“Nossa ideia é o Coritiba. Tentar tirar o Coritiba dessa situação caótica trazendo ao torcedor a realidade do futebol, não promessas vãs. Não estamos trazendo ao torcedores a construção de torres comerciais e residenciais dentro do Alto da Glória”, aponta.

Veja a entrevista completa acima!

Leia um trecho da entrevista:

Porque o seu grupo merece comandar o Coritiba?

Pelo conhecimento e experiência, principalmente. Pela presença de um plano muito bem elaborado, estudado e registrado em cartório desde fevereiro de 2019. Aliás, é bom lembrar que alguns candidatos estão usando itens desse plano, mas ele está registrado. Então se houver alguma semelhança é bom ver quem usou ou não os fatos que estavam no papel. Então, a experiência, a vivência, a experiência do nosso G5 – que sempre mostramos a público quem eram. São todos coxas-brancas, não tem nenhum G5 com declaração escrita que o clube do coração é outro clube do futebol brasileiro. São cinco nomes realmente de sangue verde.

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Como montar equipes competitivas em um cenário de dificuldade financeira?

Nós temos ideia da situação financeira atual do Coritiba. Em torno de R$ 260 milhões em dívida, que deve chegar perto dos R$ 300 milhões até o fim do ano. São R$ 150 milhões de dívida tributária a curto prazo, R$ 32 milhões de dívida com a Pro Tork, R$ 36 milhões de trabalhistas e o resto é com a área bancária. Dívida deve ser administrada dentro de uma responsabilidade fiscal. Se estivermos na Primeira Divisão, e espero que isso aconteça, o investimento [receita] da Rede Globo acaba em dezembro. Então vamos entrar em contato com CBF e Globo para trazer novos investimentos para o Coritiba. Se estivermos, lamentavelmente, na Série B, vamos implementar no Coritiba o mesmo trabalho que fizemos em 2007, investindo em atletas da base e conquistando, naquela época, o título de campeão brasileiro.

Alguns nomes do seu grupo fizeram cursos de futebol recentemente. Como vai funcionar o futebol na sua gestão?

Você falou exatamente no grupo diretivo do Coritiba. Nós fizemos uma união e temos no nosso grupo pessoas altamente especializadas, principalmente na área do futebol. Entre elas o Jango, que tem mais de 12 cursos realizados a nível Brasil e exterior. Temos a primeira mulher [Marianna Libano] em 111 anos, que vai nos ajudar e é muito importante na vida do Coritiba. Ela, pessoalmente, já realizou mais trabalhos que cinco integrantes de outras chapas. Então, o investimento no futebol profissional, que será comandado pela minha pessoa, que estará diariamente no CT conversando com os atletas, comissão técnica. Nós teremos o que todo clube do futebol mundial tem: um diretor de futebol e um coordenador remunerados. Não existe no futebol clubes sem esses cargos preenchidos como algumas chapas vêm apregoando que isso vai acabar. Isso mostra a inexperiência de algumas pessoas com relação a como funciona um clube de futebol. Nós teremos diretor e coordenador comandados pelo nosso grupo e pela minha pessoa. Tenho 60 anos dedicados ao futebol paranaense e brasileiro. Foram oito anos na Federação Paranaense de Futebol, tendo com isso relacionamento muito grande com a área administrativa do futebol. Isso tudo vai fazer a diferença.

Já há contatos, nomes para esses cargos no Coritiba?

Existe, evidente, vários nomes. Pessoas ligam para você, nomes são oferecidos. No momento, nossa ideia é o Coritiba. Tentar tirar o Coritiba dessa situação caótica trazendo ao torcedor a realidade do futebol, não promessas vãs. Não estamos trazendo ao torcedores a construção de torres comerciais e residenciais dentro do Alto da Glória. Estamos oferencendo ao torcedor um investimento maciço no Couto Pereira, trazendo conforto e segurança. Estamos priorizando o torcedor na curva dos fundos, criando um setor com com valores mais acessíveis ao torcedor de baixa renda. São promessas fáceis de realizar. Não é tentar enganar dizendo que vamos demolir o estádio, a curva dos fundos, a curva de entrada, criando torres residenciais para um clube que deve R$ 300 milhões. Vamos tirar dinheiro de onde? Não estamos oferecendo maquetes, enganando o torcedor. Todas as nossas respostas são viáveis e em condições de serem realizadas.

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Sua trajetória dentro do Coritiba é longa. Aos 77 anos, você tenta se eleger presidente pela terceira vez. O que a torcida pode esperar e você se atualiza sobre futebol?

Sou médico ortopedista, ligado à PUC-PR, que deixei há poucos anos, o que implica em atualização permanente na área da medicina. Essa mesma atualização fizemos no futebol. Sempre acompanhando, presente nas grandes decisões, grandes acontecimentos. Mas sabemos que o futebol não é o mesmo de 20 anos atrás. Para isso conto com um grupo de pessoas altamente especializadas, principalmente o Jango, com cursos que fez no país e no exterior. Usando aplicativos, toda a tecnologia existente para trazermos o que de melhor existe no futebol mundial para o Coritiba.

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