Copa do Brasil

Adversário do Coritiba aposta em estrutura, na base e tem metas ambiciosas

Elenco do União Rondonópolis

União Rondonópolis vem reconstruindo história e time está conquistando melhores resultados.

Adversário do Coritiba na primeira fase da Copa do Brasil, o União Rondonópolis tenta ingressar de vez no cenário nacional do futebol. Fundado em 1973, somente nos últimos anos o clube vem mudando seu status. Inclusive dentro do próprio Mato Grosso.

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“É um clube que nos últimos anos vem se reestruturando. Antes, era um clube de associação, que faz as coisas de última hora, junta aqui e ali. Estamos procurando profissionalizar o futebol, é um longo processo e estamos planejado as ações dentro do clube”, disse o presidente do União Rondonópolis, Edicarlos Oleguini, em entrevista ao UmDois Esportes.

No cargo desde 2017, ele viu, neste período, a equipe chegar a três semifinais do Estadual, além de ter conquistado a Copa FMF, em 2017, e também disputar com mais frequência a Copa do Brasil e a Série D do Campeonato Brasileiro. Uma realidade bem diferente da qual o dirigente conviveu em outros tempos.

Edicarlos Oleguini é o presidente do União Rondonópolis desde 2017.

“Eu trabalho no clube tem 15 anos. Fui preparador físico do sub-20, depois fui tendo outras funções, subi para o profissional, fui treinador, passei para a área administrativa. O clube estava em um processo muito delicado, não chegava nem nas finais do Campeonato Mato-Grossense. Ficou 14 anos sem disputar um Brasileirão”, relembrou Oleguini.

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+ Estreia do Coritiba na Copa do Brasil muda de horário

O segredo para a mudança? Investir na infraestrutura. Inspirado em outros casos de times do Brasil que não tinham nada e cresceram, o presidente do União Rondonópolis ressaltou a importância de um centro de treinamento mais profissional, apostar nas categorias de base e também do que deveria ser o básico no futebol, gastar menos do que se ganha.

União Rondonópolis está ampliando seu CT, que fica nos fundos do estádio e já conta com quatro campos com tamanho oficial, para o time principal e a base.

“Hoje o futebol é gestão. Bahia, Fortaleza, clubes que têm gestão exemplar e conseguem se sobressair em relação a clubes grandes. Temos exemplo do Cuiabá, Brusque, do Operário”, ressaltou ele, destacando que a meta do clube é chegar a uma Série B.

“A longo prazo nosso objetivo é um dia chegar na Série B. A Série A é uma questão seleta. Não é um sonho inalcançável, mas é mais difícil. Rondonópolis é do tamanho de Chapecó, Criciúma, mas a cidade precisa se envolver também com o clube”.

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Edicarlos Oleguini, presidente do União Rondonópolis

União Rondonópolis virou destaque nacional sem querer

Outro ponto favorável ao União Rondonópolis foi o destaque na mídia nacional no começo de fevereiro, mesmo que de forma indireta. O clube é patrocinado por Elusmar Maggi Scheffer, o mesmo que doou R$ 1 milhão ao Internacional, para que o lateral-direito Rodinei pudesse jogar contra o Flamengo, pela 37ª rodada do Brasileirão.

Rapidamente essa coincidência virou notícia. Algo que, para Oleguini, foi positivo para o time. “Em questão de mídia tivemos uma procura maior. O Elusmar é nosso apoiador há muitos anos. A mídia é o grande barato do negócio. Toda visibilidade é importante, isso é ganho. Quando falamos em evolução é em todos os sentidos”, completou.

Lamentação por enfrentar o Coritiba

Sobre pegar o Coritiba logo de cara na Copa do Brasil, o presidente não escondeu a frustração pelo resultado do sorteio. Embora a fase do Coxa não seja das melhores, ele admitiu que esperava um adversário pela frente, que desse mais chances de classificação.

“Confesso que a vontade era de pegar outro adversário. Sempre que tem sorteio, a gente torce para pegar um adversário mais fraco, que não é o caso do Coritiba. É um clube de Série A que caiu para a Série B, mas tem sua história. Mas temos que jogar para fazer um bom jogo. Nunca passamos da primeira fase e temos que tentar surpreender”, definiu ele.

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