Em fevereiro de 2014, quando foi negociado pelo Coritiba com o Shandong Luneng, da China, o volante Junior Urso tinha 24 anos de idade e uma grande certeza: não estava pronto para sair do Brasil.

Após três temporadas jogando na Série A (uma pelo Avaí e duas pelo Coxa), desbravar o então emergente futebol chinês estava longe de ser sua prioridade.

“Não imaginava deixar o país. Lembro que quando a oportunidade apareceu, o presidente na época [Vilson Ribeiro de Andrade] disse que eu tinha que ir porque o clube precisava que entrassem os recursos [da transferência]… Tanto que eu viajei, sinceramente, chorando, porque imaginei que minha carreira estava indo por um caminho que não sabia se teria chance de jogar em grandes equipes”, recorda o jogador de 33 anos, que retornou ao Coxa depois de quase uma década.

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Mas é inegável que a experiência fora do país mudou Urso, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Primeiro, foram quatro temporadas no futebol chinês, intercalando com um ano no Atlético-MG.

Depois, mais um período no Corinthians antes de se transferir para o Orlando City, dos Estados Unidos, onde permaneceu por outros três anos, entre 2020 e 2022.

“Era um jogador que defendia mais. Às vezes, chegava cara a cara com o goleiro e acabava ficando nervoso, cometia algum tipo erro. Era muita vontade e pouca frieza”, fala.

“[Morar fora] me ajudou muito. Vivi sozinho muito tempo…, aprendi muitas coisas, novos idiomas, novas culturas, aprendi a cozinhar. E mais do que isso, a gente acaba aprendendo a respeitar as pessoas com atitudes diferentes das suas. Fico muito feliz com todo caminho que percorri. E espero pôr em prática nos treinos, no dia a dia, e principalmente nos jogos”, finaliza Junior Urso.

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