Análise

Superar herança e criar um time competitivo; os primeiros desafios de Zago no Coxa

Zagueiro Vilar estreou pelo Coritiba.

O Coritiba promoveu diversas mudanças para a estreia em casa no Brasileirão, na noite deste domingo (23), contra o Fortaleza. Só não conseguiu o mais importante, alterar o cenário de crise no Alto da Glória.

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Após a derrota por 3 a 0 no Couto Pereira lotado, a conclusão óbvia é de que o desafio do técnico Antônio Carlos Zago (que assistiu tudo de camarote) é gigantesco. Largar bem é sempre importante, mas o nível de dificuldade dois primeiros jogos é uma prova de fogo inicial.

Na quarta-feira (26), às 19h, com basicamente uma sessão de treinamento, o Alviverde encara o Sport, fora de casa, na definição da vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. Depois, no sábado (29), também no Couto, o rival pela terceira rodada do Brasileirão é o São Paulo.

+ Confira a tabela do Coritiba no Brasileirão

Na base da conversa, o treinador vai tentar recuperar o moral dos jogadores e começar a impor sua filosofia. Mas uma eventual eliminação representaria o não cumprimento de uma das metas traçadas pela diretoria para temporada, além da perda do prêmio de R$ 3,3 milhões.

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“Obviamente que o vestiário está triste, chateado, ferido. Mas a única possibilidade de mudar isso é quarta-feira voltar classificado. Esses é nosso caminho, não temos tempo para sentir o vestiário do jogo de hoje [domingo]”, resumiu o auxiliar de Zago, Leonardo Galbes, que comandou um time repleto de mudanças.

Novo sistema tático no Coritiba?

Galbes utilizou o 3-5-2 como sistema tático contra o Fortaleza. A opção funcionou, especialmente defensivamente, no primeiro tempo. O time limitou os rivais a duas finalizações.

Na zaga, ao lado de Kuscevic e Bruno Viana, estava o estreante Gustavo Vilar, contratado do Maringá nesta semana. O jogador, contudo, não pode atuar pela Copa do Brasil por já ter defendido o Dogão.

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Outras novidades foram a entrada do lateral-esquerdo Jamerson desde o início e as saídas de William Pottker e Rodrigo Pinho do onze inicial. Robson formou o ataque com Alef Manga e o meio-campo teve Bruno Gomes, Liziero e Junior Urso.

+ Confira a tabela do Coritiba na Copa do Brasil

A criação de jogadas seguiu problemática, potencializada pela ansiedade dos jogadores e das arquibancadas. A entrada de Kaio Cesar no segundo tempo melhorou o ímpeto ofensivo, mas só aconteceu após o time já estar perdendo por 1 a 0.

O jovem atacante traz velocidade e drible ao Coxa, características raras no plantel, e não pode ficar no banco de reservas.

A prioridade atual, contudo, é ajustar a defesa. O setor ficou exposto após o time ficar em desvantagem e o veterano Yago Pikachu anotou duas vezes como se estivesse em um jogo-treino.

Nas últimas três partidas, o Coritiba sofreu três gols em todas. Problema crônico, herança do péssimo trabalho do português António Oliveira, uma bomba que Zago terá de desarmar imediatamente para conseguir transformar o Alviverde no que ele não é atualmente: competitivo.

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