A nove rodadas do fim do Brasileirão, o Coritiba já alcançou a marca negativa de maior número de gols tomados em uma edição do campeonato na história do clube.

Com a derrota por 2 a 1 para o Santos, nesta quinta-feira (26), na Vila Belmiro, o Alviverde já soma 61 gols sofridos. Antes, o maior número havia sido 60, marca que alcançou em quatro edições: 2022, 2012, 2009 e 2005.

Nos dois primeiros anos em que atingiu 60 gols levados, 2005 e 2009, o Coxa foi rebaixado. Neste ano, a luta contra a Série B está cada vez mais difícil e, com a nova derrota, são 13 pontos para o primeiro fora da zona de rebaixamento, o Santos – a matemática indica 99% de risco de queda.

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O técnico alviverde, Thiago Kosloski, falou sobre o momento do Coritiba, que soma três derrotas seguidas, e admitiu a possibilidade de rebaixamento para a segunda divisão.

“A fase é terrível, porque os resultados não vêm. A gente precisa passar por essa tormenta, brigando até o fim jogo a jogo. A gente sabe que a missão fica cada vez mais difícil, porque 13 pontos é um número complicado de tirar”, desabafou, após o revés para o Peixe.

“Nós não podemos mentir para o torcedor, mas a gente está lutando. Eu vejo um futuro muito bom para o Coritiba. Pode ser que haja derrotas e até uma possível queda, que isso é iminente e está acontecendo, mas tenho certeza que o clube vai se levantar mais forte”, ressalvou.

Com nove jogos pela frente, o Coritiba pode entrar para a lista dos times que passaram dos 70 gols tomados no Brasileirão com 20 times, ao lado de Sport, Náutico e Figueirense, por exemplo.

Nesse formato da competição, o América-RN é a equipe que mais foi vazada, em 2007, quando tomou 80 gols.

Temporada do Coritiba é marcada por dificuldades na defesa

Em toda a temporada, o Coritiba sofreu com a defesa e já usou 11 zagueiros desde o início do ano. O último a estrear foi Thalisson Gabriel, que havia ganhado espaço no elenco e iria para o terceiro jogo como titular, mas pegou uma virose e precisou ficar de fora.

Além dele, a equipe está sem Kuscevic, que teve uma fratura no maxilar após levar uma cabeçada do companheiro de elenco Diogo Oliveira. Thiago Dombroski passou por cirurgia e está em recuperação e Maurício Antônio também está no departamento médico.

Contra o Santos, as falhas da defesa apareceram mais uma vez e o Coritiba levou dois gols de bola parada, cenário que vem se repetindo desde a derrota para o Cuiabá por 3 a 0, há três jogos. Para Kosloski, a falta de uma linha de defesa constante dificulta a atuação dos atletas.

“A rotatividade dos jogadores na defesa atrapalha um pouco. Porque, às vezes, você coloca um jogador que não vem trabalhando tanto, como é o caso do Jean e do Reynaldo que entrou hoje e isso atrapalha na conduta dos jogadores em bola parada”, explicou.