Os gols sofridos nos inícios das partidas e a campanha como visitante ajudam a explicar a queda de produção do Coritiba dentro do Campeonato Brasileiro. Nesse cenário, a derrota para o Flamengo por 2 a 0 em Brasília torna-se um retrato do rendimento alviverde. Após ocupar a parte de cima da tabela no começo da competição, o Coxa já é o 15º colocado, apenas um ponto à frente da zona de rebaixamento.

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Com a derrota para o Fla, o Coritiba já soma nove partidas sem vencer longe do Couto Pereira. A equipe ganhou pela última vez como visitante no 2 a 1 sobre o Maringá, em 30 de março, pelo Campeonato Paranaense. De lá para cá, são dois empates e sete derrotas fora, o que deixa o Coxa com a pior campanha entre os 20 clubes da Série A.

Além do rendimento como visitante, a atuação defensiva também preocupa. O Coritiba já levou 27 gols na competição (só à frente do Juventude, que tem 28 gols sofridos).

Os gols sofridos no início das partidas também pesam contra. O Coritiba levou sete gols antes dos 20 minutos. Foi assim contra Santos (gol de Léo Baptistão aos 12), Fluminense (Ganso aos 19), São Paulo (Calleri aos 4), Bragantino (Hyoran aos 7), Internacional (Taison aos 19) e Juventude (Paulo Henrique aos 5), além do Flamengo (Gustavo Henrique aos 12).

O técnico Gustavo Morínigo reconheceu que esses gols têm dificultado a vida alviverde e impedido uma reação no Brasileirão.

“Dificulta muito. Em vários jogos aconteceu o mesmo com a gente, como contra o Internacional e o Juventude e hoje novamente. Foram duros golpes que recebemos no começo dos jogos. Depois, começamos a dominar melhor a posse de bola. No segundo tempo, melhoramos, mas não conseguimos criar”, falou o treinador.

Para corrigir a defesa, o comandante alviverde tem promovido mudanças, inclusive no gol. Após Rafael Willian disputar quatro jogos, Alex Muralha reassumiu a titularidade diante do Flamengo. E a diretoria tem trabalhado nos bastidores. O clube já contratou o goleiro Gabriel Vasconcellos, ex-Cruzeiro, e está atrás de outros nomes para a defesa.

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O atacante Léo Gamalho também mostrou preocupação com os “apagões” do Coritiba no começo dos jogos, mas já mirou a reação.

“Começar o jogo e, com 15 ou 20 minutos, tomar gol de bola parada, um atrás do outro, é complicado. Quando a gente foi no ímpeto (contra o Fla), mudou e melhorou. Mas temos que trabalhar porque estes primeiros minutos estão custando o jogo e, depois, fica difícil buscar. Mesmo assim, vamos trabalhar. Não pode baixar a cabeça”, falou o camisa 9 ao Premiere FC.

Em busca da reação no Brasileirão e da primeira vitória fora, o Coritiba volta a campo diante do Corinthians, às 21h30 de quarta-feira (20), na Arena Corinthians, pela 18ª rodada.