Nesta temporada, o Coritiba pintou o fosso do Couto Pereira de verde escuro, a cor original, dando adeus ao verde de tom mais claro, instaurado após uma consultoria de feng shui em 2023. A estrutura foi pintada em fevereiro deste ano e agradou à torcida. No último jogo, contra o América-MG, na segunda-feira (19), uma parte do fosso apareceu bastante danificada e chamou a atenção da torcida.
Uma foto mostra os cabos de aço aparecendo no fosso, que ficou sem a parte do reboco. De acordo com o Coritiba, a estrutura foi quebrada durante o show da banda System of a Down, no dia 6 de maio, que levou mais de 40 mil pessoas ao estádio.
A avaria no concreto aparece no setor Pro Tork, na mureta que separa a torcida da cava que fica em volta do gramado. De acordo com o engenheiro civil Fabiano Romanel, manter uma estrutura exposta desta forma oferece riscos e facilita a corrosão do material.

“Sempre há risco quando há armaduras expostas, pois isso favorece a corrosão. Apesar de a localização não apresentar um risco estrutural imediato, a situação deve ser tratada com atenção e os devidos cuidados de manutenção“, explicou ao UmDois Esportes.
Segundo o especialista, o desplacamento já mostra início de corrosão, o que posteriormente pode trazer riscos à segurança dos torcedores e funcionários. Além disso, a borda danificada pode provocar cortes ou acidentes, além de apresentar um risco de comprometer a integridade estrutural da mureta.
“A pintura da estrutura também apresenta sinais de fissuração e destacamento, possivelmente devido à umidade e carbonatação. Há riscos potenciais de falhas por destacamento ou ruptura da estrutura em situações de impacto ou sobrecarga, e riscos à segurança do público e funcionários”, completou.
O Coritiba afirmou que a estrutura vai ser reparada ao longo dos próximos dias. Em fevereiro, o clube fez a pintura do fosso e fez a manutenção dos muros, para evitar reformas futuras, disse o clube.
Estrutura do Couto Pereira já foi alvo de reclamação dos torcedores

No início desta temporada, a manutenção do estádio do Coritiba foi alvo de reclamações de torcedores depois que um pedaço de reboco se deslocou da parte de fora do estádio e atingiu dois torcedores, que não sofreram ferimentos.
Na época, o Coxa iniciou os reparos já nos dias seguintes ao incidente. O clube ainda afirmou que faz diagnósticos a cada seis meses para providenciar a manutenção do estádio.
O Couto vive a expectativa por uma modernização nos próximos anos. A Treecorp Investimentos, dona de 90% da SAF do Coritiba, tem até 2030, sete anos a partir da venda, para começar as obras do projeto de modernização do estádio coxa-branca.
O CEO Lucas de Paula detalhou os projetos de modernização do estádio a que teve acesso não incluem uma redução para a comportar 30 mil torcedores. Atualmente, o estádio alviverde tem capacidade para 40.502 pessoas.
“Claro que ainda vou navegar mais nos projetos, está um pouco mais a cargo do André Campestrini [CFO do Coxa], que tem olhado para parceiros financeiros. Dos dois projetos de estádio que eu vi, que ainda não estão no mesmo estágio do CT, o estádio ainda precisa de homologação da última versão”, disse, durante a coletiva de apresentação.
A SAF tem o compromisso de investir de R$ 100 milhões na contrução do CT e R$ 500 milhões para o Couto Pereira, ambos reajustados anualmente pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).