“Esse jogo foi há 50 anos. Lembro que perdemos”, resgata da memória Toni Oliveira, de 76 anos, lenda do Benfica e atualmente comentarista de futebol na televisão portuguesa.
“Fixei também o nome do árbitro, Valdemar. Lembro dos jogadores do Coritiba falando o nome dele”, completa o ex-jogador sobre o amistoso de 13 de janeiro de 1972, no Couto Pereira, na época ainda conhecido como Belford Duarte.
Na próxima sexta-feira (13), o duelo histórico entre Alviverde e Encarnado completa 51 anos. Dois dias depois, no mesmo estádio no Alto da Glória, o filho de Toni, o técnico António Oliveira, estreia no comando do Coxa contra o Aruko, pela rodada de abertura do Paranaense.
“Infelizmente para o Benfica e felizmente para o Coritiba houve uma vitória da equipe da casa. Daqui a um mês ele [Toni] vem outra vez viver e ter essa nostalgia”, comentou o filho em entrevista coletiva nesta sexta (6), no CT da Graciosa.
O jogo terminou 2 a 0 para o time brasileiro, com gols do atacante Paquito e do zagueiro Cláudio Marques, um em cada tempo. Marcou também o fim de uma longa invencibilidade dos portugueses, como a Tribuna do Paraná manchetou na época: “Era uma vez um Benfica invicto há 29 partidas”.
“Lembro de alguma coisa, dentre elas que fiz um gol de falta”, recorda Marques, 72.
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Na época, amistosos entre europeus e brasileiros eram comuns. O próprio Toni conta que enfrentou Flamengo, Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG. “Joguei também na inauguração do Serra Dourada com a seleção de Portugal”, fala o ex-jogador e treinador, que hoje torce para o sucesso do filho no Brasil.
“Ele está fazendo seu caminho e faz-se caminhando. Importante é sempre estar preparado para os desafios. Naturalmente, hoje ele conhece melhor o futebol brasileiro e domina três fatores que considero fundamentais para um técnico: liderança, comunicação e conhecimento”, conclui o pai do comandante coxa-branca.
Colaboração: Helênicos.
Ficha técnica do amistoso de 1972
Coritiba 2 x 0 Benfica
Coritiba: Célio; Hermes, Pescuma, Cláudio e Nilo; Hidalgo e Renatinho (Paulo Vecchio); Leocádio (Kruger), Paquito, Tião Abatiá e Reinaldinho (Dirceu). Técnico: Aimoré Moreira.
Benfica: Fonseca; Malta, Messias, Rodrigues e Adolfo; Toni, Martins (Eurico) e Simões (Zeca); Nenê, Jordão e Diamantino. Técnico: James Hagan.
Data: 13 de Janeiro de 1972.
Estádio: Belfort Duarte.
Árbitro: Valdemar Antônio de Oliveira.
Gols: Paquito, aos 20/1º, e Cláudio Marques, aos 38/2º.
Renda: Cr$ 67. 000,00.