Finanças

Com ajustes tributários, Coritiba registra primeiro superávit desde 2008

Coritiba registra superávit em 2021.

Pela primeira vez nos últimos 13 anos, o Coritiba registrou superávit em suas contas. Os números referentes à temporada 2021 foram aprovados nessa segunda-feira (28), em reunião do Conselho Deliberativo do clube – houve apenas cinco votos contrários. O prazo para apresentação do balanço é 30 de abril.

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O Coxa registrou saldo positivo de quase R$ 3,9 milhões no ano passado, enquanto o orçamento inicial previa perda de R$ 44,1 milhões. A última vez que o clube havia registrado superávit foi em 2008, quando o caixa fechou positivo em R$ 1 milhão.

Perdas consecutivas

Desde então, o Alviverde vinha acumulando perdas seguidas. Foram R$ 9 milhões (2009), R$ 13 milhões (2010), R$ 11,9 milhões (2011), R$ 8,1 milhões (2012) e R$ 6,6 milhões (2013).

Em 2014, o clube registrou déficit de R$ 42,8 milhões, montante que por pouco não superou os cinco anos anteriores somados. Depois, o Coritiba passou a diminuir as perdas de maneira escalonada. Foram R$ 15,7 milhões (2015), R$ 11 milhões (2016), R$ 8,7 milhões (2017) e R$ 2,6 milhões (2018).

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Essa tendência parou em 2019, quando o Coxa fechou o ano devendo R$ 50,4 milhões, número impactado principalmente pela perda significativa de receita com direitos de televisão por causa do rebaixamento (de R$ 58,9 milhões, em 2018, para apenas R$ 15,3 milhões no ano seguinte).

Em 2020, ano do início da pandemia de Covid-19, já novamente com receitas de Série A, o Coxa conseguiu reduzir o déficit anual para a casa de R$ 22,2 milhões.

O que motivou o superávit?

O superávit de R$ 3,894 milhões no primeiro ano da gestão do presidente Juarez Moraes e Silva foi conquistado com a estratégia de ajustes financeiros.

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O clube deixou o Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) e aderiu ao Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), com diminuição de R$ 35 milhões no total da dívida tributária. A renegociação trouxe, por exemplo, menor cobrança de juros, o que impacta diretamente no caixa coxa-branca.

“O compromisso de utilização correta dos recursos escassos, a melhoria e ampliação dos contratos de patrocínio (mesmo estando na Série B) e a gestão firme do passivo fiscal fizeram que os números do clube fossem melhorados. Foram apenas os primeiros passos. Não se ajusta tudo em um ano apenas. Mas, com muita austeridade administrativa, esperamos que tenha sido o marco inicial de uma retomada econômica do clube”, avalia o vice-presidente do Coxa, Glenn Stenger.

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