Coritiba
Finanças

Após Rafinha, mais de 20 credores pedem que Justiça não libere pagamento do Coritiba a Cerutti

Por
Julio Filho
01/06/2022 19:02 - Atualizado: 04/10/2023 20:39
Após Rafinha, mais de 20 credores pedem que Justiça não libere pagamento do Coritiba a Cerutti
| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Após o ex-meia Rafinha, pelo menos outros 22 credores do Coritiba entraram com pedidos para que a Justiça não libere o pagamento da dívida do clube com o atacante argentino, Ezequiel Cerutti.

O débito de cerca de R$ 400 mil com Cerutti gerou uma punição da Fifa ao Coxa, na forma de um transfer ban - quando o clube é proibido pela entidade máxima do futebol de registrar novos jogadores.

Diante disso, o clube fez um pedido à Justiça para que pudesse quitar este débito antes dos demais passivos com ex-jogadores e funcionários, podendo assim voltar a registrar novos atletas.

No entanto, assim como Rafinha, outros credores pedem à Justiça para que Cerutti não "fure a fila" e receba antes dos demais.

A reportagem buscou contato com a diretoria do Coritiba, que preferiu não se pronunciar. "O clube está agindo para enfrentar a atual situação que tem reflexos no transfer ban da Fifa", disse via assessoria.

"A questão não é o Cerutti. Esta situação foi só a gota d'água para os credores", diz o advogado Dyego Tavares, que representa 18 reclamantes. "O Coritiba ofereceu pagar 25% da dívida em dez anos. A proposta não foi razoável", prossegue.

Ainda segundo Tavares, antes do pedido de recuperação judicial, a diretoria alviverde vinha honrando os pagamentos com os credores, fazendo acordos de parcelamento e resolvendo as situações.

"Em seguida, o clube entrou com pedido de recuperação judicial, que é legal mas, na minha opinião, não é moral. Deixou os credores em situação constrangedora, chateados. Aí, para completar, o clube pede para pagar o Cerutti à vista, porque ele acionou a Fifa. Este vai receber à vista, mas os demais vão receber 25% do previsto em dez anos?", reforça Tavares.

O advogado ainda cita o elevado número de sócios do clube, a recente linha de crédito de R$ 30 milhões, a compra do atacante Fabrício Daniel por R$ 2 milhões e as potenciais vendas de Igor Paixão e Natanael para contestar o posicionamento do clube.

Entre os credores, estão: o ex-técnico Paulo César Carpegiani; o ex-meia Caio; o preparador de goleiros, Antônio Carlos Pracidelli; o ex-atacante Giancarlo; os ex-volantes Marcos Paulo e Leandro Donizete; o ex-zagueiro Jeci; o goleiro Vanderlei; o ex-atacante Anderson Aquino; o meia Giovanni Piccolomo; o zagueiro Rodolfo Filemon; o meia Sarrafiore e o lateral Geovane.

Além destes, constam na lista duas empresas de agenciadores de atletas - MMC Sports e Lipatin Sports - e entidades como o Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol do Paraná (Sapepar) e o União Bandeirantes.

Recuperação judicial do Coritiba

Em março deste ano, a Justiça deferiu o pedido de recuperação judicial do Coritiba. Desta maneira, a Justiça concedeu seis meses para o clube negociar suas dívidas com os credores, tendo protestos e processos suspensos neste período.

O movimento do Coritiba faz parte da estratégia da diretoria para consolidar sua SAF (Sociedade Anônima do Futebol) antes da chegada de um parceiro estratégico. O valor citado no pedido de recuperação judicial é de R$ 114,2 milhões.

Ainda de acordo com o documento, a Companhia Brasileira de Administração Judicial (CBAJ) foi nomeada como Administrador Judicial do processo do Alviverde.

"O Coritiba não pode passar o Cerutti na frente dos outros", reforça o advogado Henrique Caron, que representa Rafinha e mais quatro credores.

"Fizemos primeiramente a petição do Rafinha, mas rapidamente a dos demais credores que representamos. O posicionamento do Coritiba em relação à dívida do Cerutti nos deixou bastante alarmados", completou.

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