A Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH), entidade máxima do poker nacional, é uma exceção no Brasil. Enquanto diversas federações e confederações de esportes no país sofrem com dívidas, corrupção e dirigentes que se prolongam no poder, isso não ocorre no poker.
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Para se ter uma ideia da diferença, até este ano o presidente da CBTH era Igor Traffane, mais conhecido como Igor Federal. Se candidatasse a reeleição após oito anos no cargo- dois mandatos-, com certeza ganharia por unanimidade. Porém, justamente para promover o revezamento do poder, ele saiu para a entrada de Ueltom Lima, presidente da Federação Paulista.
Já imaginou algo parecido com Marco Paulo Dell Nero na CBF? Ou na confederação de basquete, que foi suspensa de jogos internacionais? Impossível.
A outra diferença está nas contas. A CBTH está sem dívidas e com transparência em relação aos seus extratos bancários.
Porém, o maior mérito de Federal foi a briga durante anos para que diversos profissionais ligados ao poker pudessem trabalhar de forma honesta. Por diversas vezes foi tentado fechar casas de poker pelo país e em todas a CBTH conseguiu reverter a decisão na justiça.
Sem contar o trabalho para a regulamentação do poker na Câmara dos Deputados, o que levou recentemente a casa a admitir o jogo como prática esportiva. Como o novo e o antigo presidente são alinhados, a tendência é que a evolução continue e a confederação siga como um oásis no meio de tantos problemas do esporte brasileiro.
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