Crise financeira

Paraná deve quantia milionária a atletas formados na própria base

Categorias de base geram prejuízo ao Paraná

Dos R$ 70,1 milhões de dívidas trabalhistas com ex-prestadores de serviço, funcionários e atletas que declarou à Justiça em busca de uma Recuperação Judicial, o Paraná deve cerca de R$ 3,5 milhões a jogadores formados nas próprias categorias de base.

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O valor pode ser pequeno diante da dívida total de R$ 155 milhões, mas é extremamente simbólico.

Apontada como uma das mais importantes estratégias de qualquer clube na busca por maiores receitas (não é preciso ir longe, basta uma olhada para o CT do Caju), a formação de atletas virou sinônimo de prejuízo na Vila Capanema.

Pelo menos 32 pratas da casa do Tricolor cobram valores do clube na Justiça. O goleiro Thiago Rodrigues, com diversas passagens pelo clube, e o atacante Carlinhos, cobram os maiores valores: R$ 538 mil e R$ 400 mil, respectivamente.

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Os mais antigos da lista são o ex-volante Goiano (R$ 150 mil) e o ex-zagueiro João Paulo (R$ 150 mil).

Mais recentemente, destacam-se nomes como o meia Gabriel Pires (171 mil), o meia Alesson (R$ 383 mil), o volante Luiz Otávio (R$ 97 mil) e os atacantes Andrey (R$ 131 mil), Kennidy (R$ 56 mil) e Kessley (R$ 63,6 mil).

Quem não se lembra do atacante Neverton? Surgiu como promessa de craque, não vingou, saiu pela porta dos fundos, com o Paraná devendo ao atleta R$ 308 mil. Já Diogo Freitas, filho da lenda Saulo, tem R$ 40 mil a receber.

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A melancólica lista é longa e repleta de anônimos e desconhecidos. Há atletas que nunca jogaram pelo time profissional, outros que estão na Suburbana e outros que nem sequer seguiram carreira no esporte.

Além de tudo, as dívidas com os pratas da casa explicitam a infinita incapacidade, falta de visão e de competência dos seguidos presidentes e gestores paranistas, que conduziram o clube ao atual estado de calamidade financeira e esportiva.

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