Mauro Cezar Pereira

Depois do Flamengo, Palmeiras fará maratona maluca: não há “vacina” para isso

O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras.

Em dezembro foram nove jogos, um a cada 3,4 dias. Agora serão seis em 16, intervalo de 2,6, a partir da visita ao River Plate, terça-feira (5), para o primeiro confronto com o vice-campeão da Libertadores na luta por uma vaga na decisão deste ano. A maratona do Palmeiras continua, preço caro a ser pago pelo elenco que se mantém vivo em três competições.

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Desde a volta do futebol após a parada forçada pela pandemia do novo coronavírus, os palmeirenses entraram em campo 46 vezes e tiveram apenas uma semana de descanso até a última partida de 2020, contra o América, em Minas Gerais, pela Copa do Brasil. No mesmo período apenas o Grêmio, rival na final do mata-mata, em fevereiro, jogou mais vezes, 47 sem semana alguma de intervalo.

Obviamente o técnico Abel Ferreira terá que fazer escolhas, opções. Seu time será o segundo na temporada atípica que se aproxima do final a encarar uma sequência desse tipo, com três compromissos em seis dias pelo Campeonato Brasileiro: Grêmio dia 15; Corinthians 18 de janeiro e Flamengo em 21. Os rubro-negros chegaram a atuar quatro vezes no período de oito dias em outubro.

No caso do time carioca a situação extrema poderia ser evitada, com um dos jogos daquele meio de semana (venceu o Goiás na terça-feira e empatou com o Red Bull Bragantino na quinta) sendo postergado e encaixado no calendário em caso de eliminação da Copa do Brasil ou Libertadores. E como o Flamengo saiu de ambas, hoje tem datas de sobra.

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No caso do Palmeiras não há solução. O duelo contra o Corinthians, por exemplo, seria nesta quarta-feira, quando o futebol brasileiro de primeira divisão estreará em 2021. Mas a equipe encara o River na véspera, o que gerou adiamento e o estrangulamento com o trio de pelejas agendadas para um intervalo inferior a uma semana. Que remédio?

Em condições normais já seria extremamente complexo encaixar tantos compromissos por diferentes competições se uma ou mais equipes sobrevivessem em três certames na reta final de uma temporada futebolística. Com a pandemia isso ficou ainda mais complicado. O futebol tenta seguir e sobreviver na crise, sem público e sem jogos. Não há “vacina” para isso.

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