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Mauro Cezar Pereira
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Análise

O esforço para fazer do secundário torneio olímpico de futebol uma Minicopa do Mundo

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Mauro Cezar Pereira
22/07/2021 16:59 - Atualizado: 04/10/2023 17:57
Richarlison comandou o Brasil
Richarlison comandou o Brasil | Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O torneio olímpico de futebol é absolutamente secundário. Mas no Brasil a esse certame dão importância além da conta. Nem mesmo a conquista da até então inédita medalha de ouro no Rio de Janeiro, em 2016, reduziu o auê criado em torno da competição, que mais parece um corpo estranho dentro dos Jogos, tanto que as partidas sequer costumam ser disputadas na cidade que sedia o evento.

Assim, em Yokohama, a pouco mais de 30 quilômetros de Tóquio, a seleção brasileira venceu (4 a 2) o time que a Alemanha mandou para as Olimpíadas. Fez 3 a 0 com gols de Richarlison, um titular no time principal; tomou dois e fechou o placar com Paulinho. A maneira como o jogo foi tratado chama a atenção. Na TV, um desavisado imaginaria ser peleja de Copa do Mundo, tamanha a ênfase.

O time alemão que enfrentou o Brasil na final há cinco anos, no Maracanã, era formado por jogadores periféricos e jovens promessas. E algumas vingaram, como Gnabry, Ginter, Sule e Brandt. O time que os germânicos mandaram ao Japão parece mais fraco do que o dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Reflexo da importância dada ao torneio, por eles e por tantos outros países.

Entre os mais relevantes estão o goleiro Mueller, o lateral Henrichs, o meia Arnold, o meia atacante Amiri e o atacante Kruse. "Desses, apenas Henrichs e Amiri são cotados para a seleção principal", resume o comentarista alemão radicado no Brasil, Gerd Wenzel.

Sem a Copa América, a Globo agora investe no torneio de futebol, escala seu principal narrador para jogo do time brasileiro, dá tratamento de Minicopa do Mundo. Mas é apenas uma competição sem grande importância no cenário internacional. Maior evento do esporte mundial, os Jogos Olímpicos são o que há de mais importante em quase todos os esportes. O futebol é exceção.

Renato Augusto no Corinthians

Foto: Agência Corinthians
Foto: Agência Corinthians

Renato Augusto não jogou pelo seu ex-clube na China, em 2021. Na temporada referente ao ano passado, fez 24 partidas pelo Beijing Guoan. O meio-campista, que completou 33 anos em 8 de fevereiro, está de volta ao Corinthians cinco anos depois de se destacar como um dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro ganho pelo clube em 2015.

Já naquela temporada o atleta revelado pelo Flamengo, e que jogou a Copa do Mundo de 2018, lutava contra problemas físicos para seguir em campo. Muito profissional e dedicado, superou adversidades e entregou retorno técnico. A grande questão é como ele estará agora, seis anos mais velho. E chegando em um time que, ao contrário daquele, passa longe de ser bem estruturado.

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