Análise

Enquanto se discute VAR, futebol explica Flamengo 5 pontos à frente do Palmeiras

Técnico Jorge Jesus no jogo entre Flamengo e Chapecoense. Foto: LIAMARA POLLI/AM PRESS & IMAGES/ESTADÃO CONTEÚDO

Ao derrotar a Chapecoense por 1 a 0, fora de casa, o Flamengo chegou à nona vitória em dez jogos nesta série invicta de dez partidas pelo Campeonato Brasileiro, que lidera. Horas depois a vantagem rubro-negra aumentou em relação à rodada anterior, graças ao empate (1 a 1) do Palmeiras, em seus domínios, frente ao Atlético. Embora torcedores e sensacionalistas fechem os olhos para o campo e discutam a arbitragem de vídeo (VAR), com ou sem motivos, o diferencial está na maneira como jogam as equipes que duelam pela primeira posição da Série A.

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A Chapecoense é, hoje, o pior time do certame e, embora magra, a vitória rubro-negra foi tão tranquila que, sem argumentos, rivais do time carioca passaram a afirmar que o gol de Bruno Henrique foi em impedimento. O lance é, evidentemente, complexo, mas sua validação foi correta. Ao contrário do que se viu em Grêmio 1 x 1 Flamengo, pela Libertadores, quando os vídeos mostrando a equipe de arbitragem em ação multiplicaram questionamentos, os recursos foram bem utilizados, com o software que destaca os pontos que dão condição, ou não, aos atacantes.

Pontilhados alinham o ombro, parte mais avançada do corpo do atacante, e tornozelo do defensor
Em West Ham 1 x 2 Crystal Palace, sábado, pontilhados alinham joelhos de atacante e último defensor

Sábado, na virada do Crystal Palace sobre o West Ham United, pela Premier League, a arbitragem de vídeo foi acionada para corrigir erro do bandeirinha, que assinalara, equivocadamente, impedimento de Ayew. Mas, com o software, ficou claro que o joelho de Filipe Anderson estava alinhado ao do atacante e o tento da vitória dos visitantes foi validado. A diferença é que, além de mais estreito, no limite, o lance do jogo pelo Campeonato Brasileiro é questionado. Na Inglaterra não se discute sem reais motivos situações assim.

Em campo o que se viu pela manhã foi o Flamengo se impondo de forma absoluta diante de um adversário que não ameaçou. A Chapecoense finalizou na direção do gol uma vez apenas. Ficou nítido que o time rubro-negro se poupava, reduzindo ritmo e intensidade no decorrer da peleja. Estivesse o placar em branco, obviamente procurariam mais o gol, atacariam mais e poderiam/deveriam marcar, tamanha a superioridade. Os três pontos não foram conquistados em grande estilo, com fartura de gols, mas a vitória foi incontestável.

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Se o Flamengo joga bem, o mesmo não se pode dizer do Palmeiras, que trocou de treinador, demitiu Luiz Felipe Scolari e foi buscar Mano Menezes. Ele ampliou o tempo de posse de bola e o número de passes trocados, mas a construção de jogadas ofensivas se mostrou pobre no 1 a 1 com o Atlético, segundo empate seguido do campeão brasileiro. Foram 45 cruzamentos na área do Galo e zero finalização certa dos palmeirenses no primeiro tempo. Uma semana de treinamentos para isso?

Para acompanhar o líder, o Palmeiras precisará jogar mais bola, aumentar seu repertório ofensivo, velho problema do time paulista, que persiste com seu novo treinador. Além disso, dependerá de uma queda real do Flamengo, cinco pontos à frente. Será preciso apostar no desgaste do rival, envolvido nas semifinais da Copa Libertadores e sonhando voltar à decisão do torneio depois de 38 anos. Essas questões são, hoje, as mais definitivas, embora muitos prefiram falar sobre o VAR.

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Léo Cittadini marcou o segundo gol da vitória do Athletico sobre o Bahia em Salvador.

O Athletico venceu o Bahia em Salvador. Confortável jogar o Brasileiro como campeão da Copa do Brasil e vaga assegurada na fase de grupos da Libertadores. Nas quatro próximas rodadas, o Furacão terá pela frente Flamengo e Palmeiras, ambos em Curitiba, com a chance de aprontar e dificultar a vida dos times que duelam pela primeira colocação.

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Jenison comemora o primeiro gol do clássico observado pelo zagueiro Sabino. Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Briga entre torcedores e nova derrota do Coritiba para o rival que com ele disputa a Segunda Divisão. Na Vila Capanema, o Paraná venceu o segundo Paratiba da Série B 2019, pois já havia derrotado o Coxa no Couto Pereira. O cenário volta a ficar extremamente nebuloso com a troca de treinador e queda de rendimento. Em sétimo lugar, o Coritiba acumula cinco derrotas nos sete últimos compromissos, com uma só vitória. Os paranistas, inclusive, já superaram por um ponto os alviverdes na classificação.

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