Análise

Lisca, mesmo “doido”, hoje é um técnico melhor do que Mano Menezes

Lisca está perto de colocar o América-MG na Série A e ainda vivo na luta pela final da Copa do Brasil.

O América Mineiro é um dos melhores times da Série B, tem amplas chances de voltar à primeira divisão do futebol brasileiro em 2021, já eliminou Corinthians e Internacional na Copa do Brasil, e agora desafia o Palmeiras. O empate (1 a 1) em São Paulo na noite de quarta-feira (23) confirmou que o campeão paulista não deverá passar facilmente pelo Coelho, como é conhecido o clube de Belo Horizonte. E a chance da queda de mais um grande no mata-mata nacional é real.

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Times que fazem mais com menos, desta vez em mais um trabalho de Lisca “Doido”, treinador folclórico, eventualmente controverso, mas que, hoje, mostra mais uma vez que para determinado perfil de clube e elenco, pode, sim, ser uma opção melhor do que alguns “medalhões” que inúmeras vezes são mais valorizados do que deveriam.

É o caso de Mano Menezes, que treinou seleção brasileira, Grêmio, Corinthians, Flamengo, Cruzeiro… Ele acaba de sair do Bahia após péssima participação.

No ano passado, Mano fracassou no time celeste, que deixou encaminhado para o rebaixamento, e não foi capaz sequer de se aproximar de Jorge Jesus, quando assumiu o Palmeiras e o Flamengo despontava na liderança, abrindo vantagem sobre os demais.

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Enquanto isso, Lisca fazia trabalho elogiável no Ceará e agora repete a dose no América Mineiro. Será um feito imenso se alcançar a decisão da Copa do Brasil, que tem no Palmeiras o (ainda) claro favorito à classificação.

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Não, Lisca não chega a ser o treinador dos sonhos, pelo menos para quem espera um time de estilo mais, digamos, sofisticado. Mas monta equipes que sabem se defender, algo que Mano já fez num passado recente e não vem mais conseguindo; encaram os mais fortes, o que o ex-treinador do Bahia também não tem feito; e, hoje, parece realmente uma opção melhor do que o badalado treinador que já foi da CBF. Mas há uma diferença, claro.

Mano Menezes foi demitido do Bahia nesta semana.

Enquanto Mano sempre mantém seu estilo sério e de fala pausada, passando a quem não acompanha futebol a (falsa) sensação de ser o melhor no que faz, Lisca é… doido. Pula no meio da torcida para comemorar vitórias marcantes, o que não deveria acontecer nos dias hoje, sabe-se; vibra, é elétrico e por isso visto como folclórico. Mas trabalhando sua equipe, dentro das possibilidades e limitações existentes, faz mais com menos e atualmente é melhor do que o (até quando?) badalado Mano.

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