Análise

Após caminho mais tranquilo, líder São Paulo começa mal sequência mais perigosa

Líder São Paulo, de Fernando Diniz, começa série de duelos mais complicados no Brasileirão

Antes da derrota deste domingo (13) para o Corinthians na Neo Química Arena, onde jamais venceu, o São Paulo vinha embalado. Assumiu a liderança do Brasileirão na 19ª rodada, em meio a uma sequência de oito partidas após golear o Flamengo por 4 a 1 no Maracanã.

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Contudo, em meio a tantos, merecidos, elogios à equipe de Fernando Diniz, um detalhe relevante foi observado por poucos: o nível técnico dos adversários dos são-paulinos nessa série de partidas. Todos times da metade de baixo da tabela de classificação, alguns do chamado Z4.

Confira a classificação do Brasileirão 2020

Se o Corinthians não tem um grande elenco e faz campanha mediana (está em 9º lugar), ainda assim é melhor do que os recentes oponentes do São Paulo. Os oito jogos entre a vitória sobre os rubro-negros no Rio de Janeiro e a derrota em Itaquera foram com times que estão entre 10º e 20º.

Os 8 jogos do São Paulo entre a vitória sobre o Flamengo e a derrota para o Corinthians:

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4 x 0 Botafogo (C) 20º – 20 pontos
1 x 0 Sport (C) 15º – 28 pontos
3 x 0 Goiás (F) 19º – 20 pontos
3 x 1 Bahia (F) 16º – 28 pontos
1 x 1 Ceará (F) 10º – 32 pontos
1 x 1 Vasco (C) 17º – 24 pontos
3 x 2 Fortaleza (F) 13º – 30 pontos
2 x 1 Goiás (C) 19º – 20 pontos
*Obs: ao lado, a colocação e a pontuação de momento

Foram quatro partidas das oito contra times da zona do rebaixamento, a goleada sobre o Botafogo, o empate com o Vasco e as duas vitórias sobre o Goiás, já que o jogo da primeira rodada, em Goiânia, havia sido adiado e aconteceu recentemente. Foram 20 pontos em 24 possíveis.

São Paulo soube aproveitar boa maré, agora chegou o momento crucial

As sete equipes que o São Paulo encarou nesses oito compromissos têm, em média, 26 pontos, marca que equivale à 16ª colocação, a última fora do grupo dos quatro que iriam para a segunda divisão. Os tricolores souberam aproveitar a boa maré, agora chegou o momento crucial.

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Além do duelo contra os corintianos, os são-paulinos receberão o Atlético Mineiro, vice-líder do campeonato, visitarão o Fluminense, que briga por vaga na Libertadores, ainda em 2020. Em meio a esses compromissos, duas quartas-feiras decisivas nas semifinais da Copa do Brasil, frente ao Grêmio.

O ano novo do São Paulo começará fora de casa frente ao Red Bull Bragantino, que fez 11 pontos nos 15 últimos disputados e sofreu dois gols nos cinco jogos mais recentes. Santos, Athletico e Internacional serão os adversários seguintes, apenas o Furacão fora de casa. A rota perigosa para os são-paulinos começou.

Roteiro previsível no Coritiba, novamente sem técnico

Rodrigo Santana foi demitido do Coritiba após revés para o Sport. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Gazeta do Povo

“Jovem de ideias velhas?!”. Foi o subtítulo da coluna em 1º de novembro, no trecho que tratava da inexplicável contratação de Rodrigo Santana pelo Coritiba. Enquanto o diretor executivo de futebol, Paulo Pelaipe, lutava no hospital contra a Covid-19 no hospital, os dirigentes fizeram essa estranha escolha.

Sim, estranha porque o treinador de 38 anos saiu do Atlético Mineiro sem deixar saudades no ano passado e, já em 2020, não foi além de cinco partidas à frente do Avaí. Com esse currículo recente, de onde tiraram a ideia de que seria a solução para o Coxa na luta contra o rebaixamento à Série B?

Na equipe catarinense, Santana obteve duas vitórias, teve dois empates e sofreu uma derrota. No Coritiba, empatou duas vezes e perdeu quatro. Isso significa que na temporada o treinador chega a 11 jogos, venceu dois, empatou quatro e perdeu cinco, quatro à frente do Coxa. Um desastre! Será que Pachequinho salvará?

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