A hashtag #JustiçaParaRobson foi criada pelo perfil @futtmais no Twitter, na virada de terça-feira para quarta. Utilizei a minha conta na mesma rede social para divulgá-la e outros tantos foram multiplicando-a, de maneira que o movimento cresceu e chegou a mexer com um personagem fundamental na história do brasileiro Robson Oliveira, há 564 dias preso na Rússia.
Para quem não conhece a história, trata-se de um brasileiro de 47 anos que foi para Moscou com sua companheira, Simone Barros, atendendo a uma proposta de trabalho. Ela trabalharia como cozinheira da família do jogador de futebol Fernando, então no time do Spartak. Ele seria motorista. Era a primeira viagem de avião de Robson, que embarcou do Rio de Janeiro para um pesadelo.
Ao chegar ao aeroporto da capital russa, o casal teve as malas revistadas, e em uma, enviada do Brasil para os parentes do atleta, duas caixas de Mytedom 10mg (cloridrato de metadona), destinados a William Pereira de Faria, sogro do atleta, para conter dores nas costas. Tal medicamento é proibido na Rússia, já que também é utilizado por quem tenta se livrar do vício pelo ópio ou heroína.
Robson foi liberado, se apresentou no novo emprego, mas foi convocado a se reapresentar às autoridades após algumas semanas. Foi detido em 18 de março de 2019 e depois enviado ao presídio de Kashira, a pouco mais de 120 quilômetros de Moscou. O rapaz responderá por tentativa de tráfico e contrabando. A pena mínima é de 15 anos, podendo chegar à prisão perpétua.
Além de Fernando, que desde fevereiro joga pelo Beijing Guoan, no futebol chinês, outros personagens da terrível história são Rafaela (mulher do volante), Sibele (sogra) e William (sogro). “Vamos pedir a oitiva dos quatro por videoconferência”, diz o advogado brasileiro de Robson, Olímpio Soares. “Se a juíza vai aceitar ou não, nós ainda não sabemos”, completa.
A #JustiçaParaRobson ajuda, mas não resolve. Se pelo menos as autoridades brasileiras, como o presidente da República ou da Câmara, se empenhassem nos esforços diplomáticos para que o caso desse brasileiro seja analisado com a devida atenção pela justiça russa, talvez pudéssemos enxergar uma perspectiva mais animadora para Robson. Enquanto isso, ele segue semiabandonado, deixado à própria sorte. Ou falta de.
Athletico x Flamengo, de novo e outra vez
Já classificado na Libertadores, reagindo no Campeonato Brasileiro e sem perder há seis partidas (quatro vitórias e dois empates), o Athletico perdeu muitos gols, não saiu do 0 a 0 contra o Jorge Wilstermann. Mas está em franca recuperação.
Domingo visitará o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro e o sorteio da Copa do Brasil colocou os rubro-negros do Rio de Janeiro novamente no caminho do Furacão. No ano passado os atleticanos eliminaram o então time de Jorge Jesus nos pênaltis. Dia 28 deverão se reencontrar na Arena da Baixada.
Ricardo Oliveira e o desespero do Coritiba
Em 6 de maio Ricardo Oliveira completou 40 anos. Na terça-feira o Coritiba confirmou que ele deverá ser o encarregado da missão número um no time treinador por Jorginho: fazer gols. A inoperância ofensiva do Coxa foi simbolizada pela incrível chance perdida por Robson na goleada sofrida para o Fluminense, 4 a 0, no Rio de Janeiro.
O atacante mandou para fora quando teve a chance na pequena área com a meta vazia. E o placar ainda era de 1 a 0 apenas. Ricardo Oliveira está sem clube desde a rescisão contratual com o Atlético Mineiro, há um mês, por falta de pagamento. Uma tentativa quase desesperada de um clube sem recursos para contratar e precisando de gols para não voltar à segunda divisão.