Análise

Honda viu um Botafogo assustador. Como se pede socorro em japonês?

Eduardo Barroca, hoje no Coritiba, ficou sem seu emprego de técnico do Botafogo depois de perder para o Fluminense no Campeonato Brasileiro do ano passado. Foi o quarto jogo consecutivo no qual o time alvinegro deixava o campo derrotado. Seu aproveitamento, que era de 47% dos pontos colocados em jogo, caiu para 39% após essa série negativa. Mesmo assim, graças à pontuação acumulada com o jovem treinador, o time não foi rebaixado.

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Seu substituto foi Alberto Valentim, com passagens por Palmeiras, Vasco e pelo próprio Botafogo, técnico que deixou o Avaí, então já com um pé na segunda divisão, para retornar ao clube. Ganhou apenas 16 pontos, com 35% de aproveitamento. Sim, a estrela solitária passou raspando e só não caiu porque o desempenho dos times do bloco de baixo foi abaixo da média. Tanto que o Ceará se safou com 39 pontos, algo inédito no certame.

O Botafogo se arrastou na reta final do Brasileiro. O estilo de troca de passes de Barroca, que esbarrava nas limitações de sua linha ofensiva, ainda assim conseguiu, com organização e bom jogo coletivo, manter os alvinegros distantes da zona da degola. A sequência de derrotas o derrubou, mas o que caiu mesmo foi a qualidade do futebol praticado pela equipe. Seu substituto tem mais pose, fama, currículo talvez, mas não é melhor.

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Quem viu Alberto Valentim falando sobre seu trabalho no Botafogo sexta-feira (7), no Sportv, e ainda não havia se deparado com o time alvinegro em campo deve estar assustadíssimo depois de acompanhar o passeio do Fluminense, neste domingo, no Maracanã: 3 a 0 (no 1° tempo). Saiu barato para os alvinegros que, após o revés, decidiram demitir Valentim.

Nova estrela (solitária) do tradicional clube carioca, o japonês Honda viu tudo de perto. Quando chegou ao estádio já estava 2 a 0.

Como se pede socorro em japonês?

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Enquanto os botafoguenses discutiam no Rio de Janeiro o futuro de Alberto Valentim, em Curitiba, Barroca saboreava a goleada do Coxa (6 a 1), sábado, sobre o União. O técnico pensa no duelo contra o Manaus pela Copa do Brasil, quarta-feira, na Arena Amazônia. Importante mesmo é que o Campeonato Paranaense sirva para estruturar o time para a volta do Coritiba à Série A.

Albari Rosa/Foto Digital/Gazeta do Povo

Momentos de instabilidade vão acontecer, será muito difícil evitá-los na primeira divisão depois de duas temporadas na Série B do Brasileiro. Jogo consistente, sem tantos cruzamentos e lances aleatórios, com trabalho obviamente bem feito, é fundamental para tirar de um elenco até mais do que, em tese, ele pode oferecer. Por isso, as lições do Botafogo de 2019 podem ajudar o Coritiba a não perder facilmente seu rumo em 2020.

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