Análise

Gols no fim mostram que Athletico ainda venta mais forte, mesmo com o Coritiba próximo

Mauro Cezar: Athletico venta mais forte, mesmo com o Coritiba próximo

Um gol de Kelvin sobre o Benfica aos 47 minutos do segundo tempo deu ao Porto o título português no dia 11 de maio de 2013. Mais de sete anos depois, outro tento nos acréscimos deu o tricampeonato paranaense ao Athletico na final contra o Coritiba. O nome do autor, parecido: Khellven decretou o de empate, passando dos 45. Já era o bastante, mas Nikão sacramentou o título com a vitória aos 48, em virada que também lembrou a final da Libertadores do ano passado, entre River Plate e Flamengo.

continua após a publicidade

Todas as colunas do Mauro Cezar Pereira; acesse!

No Athletiba anterior à parada forçada pela pandemia do novo coronavírus, quando o Coritiba venceu por 4 a 0, o Athletico foi a campo com o time de garotos. Mas nas finais do Campeonato Paranaense os dois colocaram em campo o que tinham de melhor. E o equilíbrio nos duelos mostrou que a distância entre os rivais diminuiu drasticamente de 2019 para cá, talvez nem exista no momento.

O Coxa teve baixa importante quando perdeu Rafinha aos 25 minutos de jogo. Com suspeita de fratura na perna após entrada de Abner, foi substituído por Thiago Lopes. Com mais tempo de posse, o time voltou ter jogadores em impedimento várias vezes, como na partida de domingo.

continua após a publicidade

Se na Baixada o Athletico fez o único gol do clássico nos acréscimos, o Coritiba teve a chance de abrir o placar já após dos 45 minutos de jogo, só que na etapa inicial. Sabino marcou após pênalti, tolo, bem assinalado por Rodolpho Toski Marques – Adriano pôs a mão no peito de Robson. As chances surgiriam no segundo tempo, como na oportunidade perdida pelo Furacão, com Wellington, aos 33 da etapa final.

O jogo parecia se encaminhar para os pênaltis quando veio o empate e a virada. Gosto amargo para o Coxa, que ao menos percebe a montagem de uma equipe capaz de encarar a volta à Série A após dois anos na segunda divisão nacional. Quanto ao Furacão, sabe-se que repetir os feitos de 2018 e 2019 não será fácil. Mas há a certeza de que, no futebol paranaense, segue ventando mais forte.

***
Daniel Alves fala como se fosse maior do que o São Paulo. Sua entrevista na terça-feira dava a falsa sensação de que o mais caro jogador do elenco e do país não tem a menor responsabilidade na crise técnica tricolor. A falta de comando no futebol do clube é evidente.

continua após a publicidade

***
O campeonato brasileiro começa neste sábado com partidas adiadas e jogo “fantasma”. Sim, compromissos de times que atuarão no fim de semana em finais estaduais foram postergados, enquanto Fortaleza x Athletico não deverá ter transmissão pela TV.

O campeonato brasileiro começa neste sábado com partidas adiadas e jogo “fantasma”. Sim, compromissos de times que atuarão no fim de semana em finais estaduais foram postergados, enquanto Fortaleza x Athletico não deverá ter transmissão pela TV.

O imbróglio com a Turner e os oito clubes que ela tem sob contrato ganhou novos contornos com a Medida Provisória 984, que muda os critérios para venda dos direitos de transmissão, dando 100% do poder de decisão ao mandante.

Em tempo: tricolores do Ceará e o Furacão têm contrato com a empresa americana. E o cotejo entre as duas equipes não deverá entrar na programação, que a priori dará preferência a outras partidas.

***

O título de campeão da Copa do Nordeste foi merecidamente festejado pelo Ceará. Mas a conquista, categórica, sobre o Bahia (4 a 1) no placar agregado da decisão, não escondeu o fraco futebol dos dois times.

A “Lampions League” é um torneio muito legal, mas seu nível técnico não credencia o vencedor a brigar por posições muito elevadas na tabela de classificação da Série A. É preciso entender o tamanho da conquista.

Não por acaso, se em 2019 o Fortaleza a conquistou e depois fez bela campanha na primeira divisão nacional, o Santa Cruz ganhou a em 2016 e meses depois foi para a segunda divisão nacional. Já o Sampaio Corrêa ergueu o troféu em 2018 e acabou o mesmo ano na Série C.

É preciso festejar sem perder a noção do próprio tamanho e sobre o que realmente está ao seu alcance.

Exit mobile version