Análise

Coibir zoeiras e provocações pode nos levar ao minuto de silêncio. Para o futebol

“Um minuto de silêncio… Shhhh… Para o Inter que está morto, alê, alê,alê, alê,alê, alê,alê, alê,alê, alê,alê, alê,alê, alê,alê, alê,alê, alê.”

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Durante o recente período de glórias recentes do Grêmio, campeão da Copa do Brasil, da Libertadores da América e estadual, o Internacional sofreu as mais duras gozações. Zoeiras que culminaram no seu ápice com o rebaixamento colorado para a segunda divisão do futebol brasileiro.

Foram tempos difíceis para o lado vermelho do futebol gaúcho, com o pior momento da história de um coincidindo com uma nova fase de conquistas do rival, que ficara 15 anos sem qualquer título fora do Rio Grande do Sul. Não, obviamente não foi fácil para ninguém no Beira-Rio.

Antes da pandemia paralisar o futebol, fora de casa os gremistas venceram o Gre-Nal 423 e eliminaram os rivais nas semifinais do turno no estadual. Então os jogadores tricolores foram à sua torcida e puxaram o cântico argentino que pegou no sul do país e abre este texto (veja vídeo abaixo).

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Aquela partida foi decidida com um gol de Diego Souza nos acréscimos do segundo tempo. Imagine a dor colorada vendo o time e a torcida do Grêmio, dentro de campo, tripudiando sem dó. Aguentaram. Que remédio além de aturar a gozação ali, no momento, e por dias, semanas até?

Sábado o Inter venceu por 1 a 0, gol de Taison, deixando os rivais em situação ainda mais dramática na luta para não cair. Quando Patrick foi à torcida e pegou um papelão que simbolizava o (provável) rebaixamento gremista em forma de caixão nas cores do clube, uma briga tomou o Beira-Rio.

Não foram poucos os que condenaram a atitude do atleta colorado, um dos que teve de conviver com as zoeiras tricolores tantas vezes nos anos recentes. Afinal, qual o problema? Existe limite para a provocação? Por que um lado aguentou isso e outro não precisa passar pelo mesmo?

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Não importam as cores, a camisa, o Estado, o país. O futebol se alimenta de rivalidade e ela é saudável quando as pessoas são capazes de suportar a dor da derrota turbinada pela implacável gozação rival. Não é fácil, mas necessário. Sufocar isso é asfixiar uma das melhores coisas desse esporte.

Se for assim, não demora e cantaremos um minuto de silêncio… para o futebol.

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