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Mauro Cezar Pereira
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Análise

Calendário do futebol brasileiro é da CBF, feito pela CBF, responsabilidade da CBF

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Mauro Cezar Pereira
08/11/2020 21:44 - Atualizado: 29/09/2023 16:48
Rogério Caboclo, presidente da CBF
Rogério Caboclo, presidente da CBF | Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Copa do Brasil é a competição que distribui as maiores premiações do futebol brasileiro. Foram R$ 52 milhões para o Athletico, campeão em 2019. No começo do ano que vem, quando for conhecido, o vencedor da temporada em andamento embolsará ainda mais grana: R$ 54 milhões.

Em tempos de pandemia, com os clubes vendo receitas minguarem, pela ausência de público nos jogos e, consequentemente, de arrecadação, bilheteria, os olhos se arregalam ainda mais diante de tanto dinheiro. Não há agremiação de futebol no país que possa abrir mão dele.

Não é preciso pensar muito para se chegar à conclusão que os oito sobreviventes do mata-mata nacional em andamento seguem ávidos pelo título e pelo prêmio, inclusive os dois que mais têm faturado, Flamengo e Palmeiras, e o bem gerido financeiramente Grêmio.

Obviamente a CBF, que organiza e comercializa a competição deveria dar valor a ele, mas não. Times que se organizam e conseguem investir mais, e melhor, são punidos no futebol brasileiro, têm jogadores convocados e ficam obrigados a jogar partidas valiosas desfalcados.

A pandemia seria a desculpa para que esse cenário seguisse assim, mas sabe-se que não. A raiz do problema está no calendário inchado por estaduais longos, que agradam as federações e, consequentemente, deles a CBF não abre mão. Como não fará em 2021, sequer os encolherá, como seria razoável.

E ainda há quem acredite na balela segundo a qual os clubes aceitam o calendário, quando, na realidade, a entidade o faz, apresenta e fim de papo. Caso um ou dois clubes questionem, nada mudará, exceto pelo isolamento dos mais ousados.

Coxa estreia técnico e sai da zona do rebaixamento

Sabino fez o gol de empate do Coritiba contra o Internacional
Sabino fez o gol de empate do Coritiba contra o Internacional

Jogando com um homem a mais desde os oito minutos do segundo tempo, quando Heitor foi expulso, o Coritiba poderia até derrotar o Internacional em Porto Alegre. Ficou no 2 a 2 e sem entender o árbitro Dyorgines José Padovani de Andrade, do Espírito Santo, que encerrou a partida quando o Coxa ainda tinha um escanteio a seu favor.

Resultado que tira o Coritiba da zona do rebaixamento na estreia do técnico Rodrigo Santana e empurrou o Vasco para uma das quatro últimos colocações no certame. Um bom resultado, mas que devido às circunstâncias, deixou na torcida do time paranaense a sensação de que poderia ter sido melhor.

Athletico flerta com a derrota, mas volta a vencer

Athletico voltou a vencer após 11 jogos
Athletico voltou a vencer após 11 jogos

O Fortaleza chegou a fazer o segundo gol na etapa final, era o 2 a 0, com Bergson, mas o VAR interveio e o tento foi anulado por impedimento. O Athletico encerrou sua terrível série de 11 jogos sem vitória, com cinco derrotas seguidas e uma eliminação da competição que venceu no ano passado, a Copa do Brasil.

O resultado não tirou o time da zona do rebaixamento, mas há sinais positivos, como a reunião dos jogadores no centro do campo, após o primeiro tempo. O gol sofrido no finalzinho sobre a boa equipe dirigida por Rogério Ceni alivia o clima do time que ainda enfrentará Goiás, fora, e Santos, em casa, antes de receber o River Plate pela Libertadores.

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